“Traço, Linha, Forma” até 17 de Fevereiro de 2013 no Museu da Quinta de Santiago

A exposição “Traço, Linha, Forma. O desenho na coleção da Autarquia”, inaugurou dia 11 de Outubro, pelas 21h30, no Museu da Quinta de Santiago, com a presença do Vereador da Cultura, Fernando Rocha. A mostra integra-se na participação da Câmara Municipal de Matosinhos na DESENHA '12 – Trienal Movimento Desenho e tem como objetivo fundamental a divulgação do desenho pertencente ao acervo da Câmara.

Esta é uma oportunidade única para o público ver desenhos de Siza Vieira, Eduardo Souto Moura, Fernando Távora, Soares dos Reis, John Sargent ou António Carneiro. Um dos primeiros estiradores e utensílios de desenho do arquiteto matosinhense Álvaro Siza Vieira estão também expostos de forma inédita.

Nesta exposição, o desenho é abordado sob várias facetas e funções.

O desenho como estudo. No Salão Luís XVI, espaço mais nobre do edifício, expõem-se um conjunto significativo de desenhos e esboços originais, aquando do projeto de construção da Casa de Santiago, em finais do século XIX, da autoria do arquiteto veneziano Nicola Bigaglia e do antigo proprietário João Santiago, coleção da Família Santiago Sottomayor.

O desenho técnico de arquitetura. Na Sala de Jantar, procura-se recriar um gabinete de arquitetura, na mostra evolutiva dos diferentes materiais e equipamentos de desenho técnico. Destaque para o estirador que pertenceu a Siza Vieira, onde terá projetado inúmeras obras célebres, assim como para o projeto de restauro da Casa de Santiago, da autoria de Fernando Távora, e de plantas e alçados elaborados por Álvaro Siza, espólio documental do arquivo histórico municipal.

O desenho de arqueologia. Na Sala do Piano, damos a conhecer o importante trabalho de registo, através de desenhos, na sua maioria da autoria do arqueólogo matosinhense Joaquim Neves dos Santos (1918-1979), de peças e artefactos arqueológicos encontrados no concelho, como forma de estudo, investigação e inventariação, colecção do Gabinete Municipal de Arqueologia e História.

O desenho topográfico. Na mesma sala pretende-se dar a conhecer um conjunto de plantas topográficas, que descrevem de forma exacta e detalhada um determinado lugar e sua implantação no terreno. Equipamentos e utensílios estão também expostos.

O desenho como obra de arte. No segundo andar do museu, no antigo piso dos quartos da família Santiago, expõem-se de forma cronológica, desde meados do século XIX até aos inícios do século XXI, cerca de três dezenas de desenhos, que integram a coleção artística da Autarquia. Percurso nas linhas, traços e figuras de grandes artistas como Soares dos Reis, Francisco José Resende, John Sargent, António Carneiro, Aurélia de Sousa, Joaquim Lopes, Augusto Gomes, Zulmiro de Carvalho, Hirosuke Watanuki, José Emídio, Fernando Távora e dos dois agraciados com o prémio Pritzker, Siza Vieira e Souto Moura.

Realce ainda para a recriação de um atelier de artista, que permite ao público tomar contacto, de maneira pedagógica, com o quotidiano de criação de um artista plástico, podendo mesmo desenhar o seu auto-retrato ou desenhar livremente no Jardim de Inverno do museu.