
Político liberal, foi Presidente da Câmara Municipal do Porto em 1833 e 1846. Deputado setembrista (1836) exerceu o cargo de subsecretário da Fazenda. Encabeçou no Norte a oposição a Costa Cabral e à política carlista. Instalada no Porto a Junta Provisória do Governo Supremo do Reino foi nomeado seu vice-presidente e titular das pastas da Fazenda e dos Estrangeiros. Finda a Guerra da Patuleia (l847) abandonou a vida política.
José da Silva Passos nasceu em S. Martinho de Guifões a 18 de novembro de 1802 e morreu no Porto no dia 12 de novembro de 1863.
Bacharel formado em leis e em cânones pela Universidade de Coimbra, sub-secretário de estado dos negócios da fazenda, deputado em diversas legislaturas, sub-inspetor do tesouro público, vice-presidente da Junta do Porto, sócio honorário da Academia de Belas Artes, etc.
Bacharel formado em leis e em cânones pela Universidade de Coimbra, sub-secretário de estado dos negócios da fazenda, deputado em diversas legislaturas, sub-inspetor do tesouro público, vice-presidente da Junta do Porto, sócio honorário da Academia de Belas Artes, etc.
Com seu irmão, Manuel da Silva Passos, foi para Coimbra, matriculando-se na Universidade em 1817, recebendo o grau de bacharel nas faculdades acima citadas.
Perseguidos pelo partido absolutista, viram-se obrigados a emigrar para Espanha. De Espanha passaram a Inglaterra e dali para França. No exílio, a vida dos dois irmãos, sempre tão unidos, confunde-se completamente. Seguiram a mesma política, em França colaboraram ambos em diversas publicações, combatendo não só os atos do governo de D. Miguel, como alguns excessos e doutrinas doutra fação, ou a direita dos emigrados.
Voltando a Portugal, e conseguindo entrar no Porto, acentua-se a sua vida revolucionária. Estabelecendo-se o regime constitucional, elegeu-se a primeira Câmara Municipal do Porto, e para seu Presidente foi eleito José da Silva Passos. Nessa qualidade, resistiu energicamente à lei de indemnizações de 15 de agosto de 1833, que seu irmão depois combateu na Câmara.
Voltou à Câmara fazendo parte das cortes constituintes e foi nomeado membro da comissão da lei eleitoral, cooperando eficazmente para a constituição de 20 de março e para a lei das eleições diretas de 9 de abril do ano de 1838. Decididamente empenhado em contribuir com toda a sua esclarecida atividade para o engrandecimento da causa pública, exerceu os cargos de sub-secretário de estado dos negócios da fazenda, quando seu irmão era ministro, e de sub-inspetor do tesouro, sem que por esse ou outro cargo aceitasse retribuição, como jamais a aceitou em troca dos relevantes serviços que prestou ao país.
Quando rebentou a revolução de 6 de maio de 1846, José Passos tornou a ser eleito Presidente da Câmara Municipal do Porto e exercia esse cargo quando se deu, em Lisboa, o golpe de Estado, conhecido pela Emboscada de 6 de outubro, para a restauração da Carta Constitucional.
Eleito deputado pela primeira vez, conservou-se, como o seu irmão, muito afastado das lutas parlamentares. A sua saúde estava profundamente abalada e, resultado de uma paralisia, foi-se agravando de ano para ano, apagando-lhe a razão.
Conteúdo atualizado em2016/06/2811:19