
Escritor, músico e pintor
Jorge Armando Oliveira dos Santos Bento nasceu em Leça da Palmeira a 11 de setembro de 1915, e morreu no dia 18 de outubro de 2004.
Efetuou os estudos primários na desaparecida Escola Pinto de Araújo e, após ter apurado o Português e o Francês no Colégio da D. Cacildinha, começou uma intensa vida intelectual, sempre com Leça no coração.
Efetuou os estudos primários na desaparecida Escola Pinto de Araújo e, após ter apurado o Português e o Francês no Colégio da D. Cacildinha, começou uma intensa vida intelectual, sempre com Leça no coração.
Profissionalmente foi funcionário da Agência de Navegação e Comércio, preenchendo, contudo, a sua vida dando a conhecer através de uma imensa e rica bibliografia tudo quanto é possível saber do acesso histórico, etnológico e musicólogo de Leça da Palmeira e de Matosinhos. Fundou a “Capela de S. Miguel”, grupo coral polifónico com o qual percorreu todo o país. Foi, também, durante alguns anos ensaiador do Rancho Típico da Amorosa.
Foi autor do Hino do Leça Futebol Clube. Dedicou-se à pintura a guache e a nanquim, bem como à iluminura de que são exemplos preciosos os Livros de Honra da Sociedade Humanitária de Matosinhos – Leça e o do Lions Clube de Leça da Palmeira. No âmbito da literatura, os seus livros são de imprescindível consulta para o conhecimento de Leça de hoje e de ontem, constituindo uma verdadeira “Bíblia de Leça”. De 1980 a 2004 escreveu vinte e nove livros, verdadeiras monografias da terra onde nasceu e viveu que o colocam ao nível de reconhecidos investigadores.
Jorge Bento foi galardoado com a Medalha de Prata de Cidadão Honorário de Leça da Palmeira, com a Medalha de Ouro de Mérito dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos – Leça e com a Medalha de Honra do Fórum Matosinhense.
Em setembro de 1941 casou com Palmira do Sacramento Silva, tendo quatro filhos: Cecília, Miguel, Manuel e António, vivendo até à sua morte numa casa da Rua Direita.
Colaborou com o padre Alcino Vieira, ajudando no Cortejo de Oferendas em favor da construção do Salão Paroquial, manifestando uma inexcedível dedicação à paróquia, cola-borando nas obras da igreja, de entre as quais a construção das Casas dos Pobres de Gonçalves e de Rodão. Foi redator da "Voz de Leça", fundada pelo reverendo Alcino Vieira.
Jorge Bento geriu durante muitos anos a sala de cinema do Salão Paroquial. Em 1973 emigrou para Moçambique, passando a residir em Nacala, no Distrito de Moçambique, onde ajudou a dinamizar a paróquia, fundando um coro. Em 1976 regressou a Portugal, após a independência. Regressado a Leça da Palmeira, começou a iluminar o Livro de Honra dos Lions Clube locais, em 1980.
Começou a escrever livros sobre Leça da Palmeira, precisamente na década de 1980, tendo a primeira das 29 obras sido dedicada à história da imagem de Nossa Senhora da Conceição, existente na igreja paroquial, no sentido de comemorar os 500 anos da chegada da imagem a Leça da Palmeira, oferecida por D. Afonso V aos frades franciscanos do Convento da Conceição, em 1483.
Os livros tratam de assuntos referentes às pessoas, costumes e obras da freguesia: "Desde a história da imagem de Nossa Senhora da Conceição, em 1983, até ao "Chilro, após a Muda", em 2004, foram 29 livros escritos num estilo fluente e características singulares muito próprias, onde encontramos uma enorme diversidade de temas, recordando factos e figuras ilustres que fizeram parte da história da nossa terra", recordou Rocha dos Santos.
Conteúdo atualizado em2016/06/2811:19