
Conde de S. Salvador de Matosinhos
João José dos Reis nasceu em Matosinhos no dia 11 de maio de 1820 e morreu no Rio de Janeiro em 25-10-1888. Foi o 1º Visconde e 1º Conde de São Salvador de Matosinhos.
Como sucedeu a vários outros portugueses naquele tempo, partiu em 1833 para o Brasil, com treze anos de idade, entrando na carreira comercial, a que se dedicou com o máximo de zelo e dedicação. Oito anos mais tarde estava estabelecido em sociedade com o major António José do Amaral.
Como sucedeu a vários outros portugueses naquele tempo, partiu em 1833 para o Brasil, com treze anos de idade, entrando na carreira comercial, a que se dedicou com o máximo de zelo e dedicação. Oito anos mais tarde estava estabelecido em sociedade com o major António José do Amaral.
A sua inteligência, capacidade de trabalho e probidade breve o elevaram, em alguns anos, de empregado a patrão, fundando uma casa comercial que prosperou sob a sua direção e que dirigiu durante mais de cinquenta anos.
Foi Presidente da Companhia Brasileira de Navegação a Vapor, do Banco Comercial do Rio de Janeiro e o principal fundador do Brasilian and Portuguese Bank, depois chamado English Bank of Rio de Janeiro, com a sua sede principal em Londres.
Foi Presidente honorário das Associações Comerciais do Porto e Lisboa, diretor -secretário do Banco do Brasil e da Associação Comercial do Rio de Janeiro, na qualidade de representante do comércio português.
Fundou diversas companhias de seguros: Garantia, Confiança e Fidelidade, além da Companhia Comércio e Lavoura.
Subsidiou e protegeu numerosas instituições de caridade, tais como:
Subsidiou e protegeu numerosas instituições de caridade, tais como:
- o Asilo Profissional de Benemerência Portuguesa, de que foi fundador, no Rio de Janeiro;
- a Sociedade Portuguesa de Beneficência, na mesma cidade da qual foi Presidente durante mais de 20 anos, Presidente perpétuo e protetor;
- a Sociedade Beneficente Lusitana, de Montevideu;
- a Caixa de Socorros D. Pedro V;
- os Albergues Noturnos de Lisboa;
- a Oficina de S. José, no Porto etc.
- a Sociedade Portuguesa de Beneficência, na mesma cidade da qual foi Presidente durante mais de 20 anos, Presidente perpétuo e protetor;
- a Sociedade Beneficente Lusitana, de Montevideu;
- a Caixa de Socorros D. Pedro V;
- os Albergues Noturnos de Lisboa;
- a Oficina de S. José, no Porto etc.
Fez parte, como Presidente, da comissão dos hospitais criados no Rio de Janeiro para o combate à epidemia da febre amarela, em 1873, e da comissão de socorros às vítimas das inundações em Portugal, em 1876.
Foi sócio benemérito do Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro, sócio correspondente da Sociedade de Geografia de Lisboa, sócio do Liceu Literário Português do Rio de Janeiro e membro da comissão consultiva do Consulado Geral de Portugal na capital brasileira.
Exerceu as funções de membro da Comissão Consular adjunto ao Cônsul Geral de Portugal no Rio de Janeiro, desde a sua instalação até 31 de dezembro de 1873.
A sua bolsa esteve sempre largamente aberta para socorrer calamidades nacionais. Protegeu com especial carinho a Confraria do Bom Jesus de Matosinhos, onde foi juiz; criou e instituiu creches; participou ativamente em obras de beneficiação de igrejas do concelho e, juntamente com outros matosinhenses, criou a Escola Gonçalves Zarco.
O governo português conferiu-lhe o Grau da Ordem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, título de Fidalgo Cavaleiro da Casa Real, Comenda da Ordem de Nossa Senhora de Jesus Cristo, título de primeiro Visconde de S. Salvador de Matosinhos e de conde, concedidos por D. Luís, o primeiro em 1873 e o segundo pelo mesmo soberano, em 1880.
Conteúdo atualizado em2016/06/2811:19