Foi na Sala dos Espelhos do Museu da Memória de Matosinhos que António Cunha e Silva apresentou a sua mais recente obra literária.
“Romeiros” é um romance inspirado na célebre gravura da autoria do artista português João Palhares. Conta a história de Maria Adelina Azevedo e Manuel Alves da Silva, romeiros da grandiosa festa do Senhor de Matosinhos. Para além de romance, toda a história é pontuada por crónica da sociedade, história e religião.
A apresentação do livro decorreu sábado e esteve a cargo do professor e escritor Júlio Pinto da Costa. Presente esteve também o vereador da Cultura da autarquia, Fernando Rocha.
António Cunha Silva é um apaixonado pela arte, pela música e pela cultura, mas, acima de tudo, um apaixonado por Matosinhos, denominador comum a toda a sua ação cívica e cultural ao longo de cerca de 50 anos.
Destacando-se em diversas artes, como a música, a escrita e a pintura, António Cunha e Silva, nascido em 1941 em Leça da Palmeira, tem um percurso profissional notável. Diplomado pelo Conservatório de Música do Porto, foi membro da Orquestra Sinfónica e do Quarteto de Cordas do Porto. Foi professor de violino e Presidente do Conselho Diretivo do Conservatório do Porto. Foi também diretor da Academia de Música de Matosinhos, Conservatório da Maia e do Conservatório da Covilhã.
Ainda no âmbito musical, recebeu dois prémios escolares — Fundação Calouste Gulbenkian e o 2º prémio da Juventude Musical Portuguesa. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e do Governo Francês - Bruxelas e Nice. Como convidado, integrou a Orquestra Gulbenkian, nas tournées à então União Soviética, China e Índia.
Dedicou mais de três décadas ao estudo da vida e da obra de Óscar da Silva, o compositor da saudade e do saudosismo.
No percurso literário, António Cunha e Silva já publicou 14 livros. Foi vencedor do prémio literário Cónego Albano Martins de Sousa, edição 2020, e foi distinguido nas d’Escritas” com duas Menções Honrosas, no prémio Dr. Luís Rainha (2015 e 2019).
É ou foi colaborador de jornais como o “O Comércio de Leixões”, “Matosinhos Hoje”, “Maré”, “O Badalo de Leixões”, “O Matosinhense”, e da revista “Notícias de Matosinhos”.
Em 2013, a Câmara Municipal de Matosinhos atribuiu-lhe a Medalha de Mérito Dourada.