
Na passada sexta-feira, dia 3 de Fevereiro, Ana Luísa Amaral apresentou o seu mais recente livro, que reúne num único volume toda a obra poética criada pela autora entre 1990 e 2005.
A cerimónia teve lugar no auditório da Biblioteca Municipal Florbela Espanca Matosinhos e contou com a presença da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, do presidente da Câmara Guilherme Pinto, bem como de amigos e admiradores da autora.
A apresentação do livro que retrata os poemas dos últimos 15 anos coube a Rosa Maria Martelo, professora da Faculdade de Letras.
Entre 1990 e 2005, Ana Luísa Amaral publicou os volumes de poesia «Minha Senhora de quê» (1990), «Coisas de Partir» (1993), «Epopeias» (1994), «E Muitos os Caminhos» (1995), «às Vezes o Paraíso» (1998), «Imagens» (2000), «Imagias» (2002), «A Arte de Ser Tigre» (2003) e «A Génese do Amor» (2005).
Ana Luísa Amaral nasceu em Lisboa, em 1956, doutorou-se em Literatura Norte-Americana, com uma dissertação sobre a poesia de Emily Dickinson, e trabalha actualmente como professora associada na Faculdade de Letras do Porto.
Tem publicações académicas nas áreas de Literatura Inglesa, Literatura Norte-Americana, Literatura Comparada e Estudos Feministas e organizou, com Ana Gabriela Macedo, da Universidade do Minho, o «Dicionário de Crítica Feminista».
Co-traduziu poemas de Xanana Gusmão para o livro «Mar Meu/My Sea of Timor» (1998) e traduziu Emily Dickinson, sendo autora de «Emily Dickinson: uma poética da transgressão» (1988).
Também tem escrito para crianças, sendo autora de «Gaspar, o Dedo Diferente e Outras Histórias» e «A História da Aranha Leopoldina», obra que foi adaptada para televisão e exibida pela RTP.
Representada em diversas antologias portuguesas e estrangeiras, tem feito leituras dos seus poemas em países como Estados Unidos, França, Alemanha, Irlanda, Espanha, Holanda, Roménia, Polónia, Colômbia e Argentina.
A sua obra encontra-se traduzida para várias línguas, caso do castelhano, inglês, francês, árabe, alemão, holandês, russo, húngaro, búlgaro, romeno, polaco e croata.
Jorge Reis Sá, representante da editora Quasi, responsável pela publicação do livro, agradeceu à autora a aposta numa jovem empresa que, de futuro, irá continuar a publicar trabalhos integrados na poesia contemporânea portuguesa.
O vereador da Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos, Fernando Rocha, salientou a importância do espaço, já que a biblioteca tem registado uma média elevadíssima de leitores, razão pela qual se torna necessário aumentar a sua capacidade. “Vamos consolidar a aposta na cultura, já que ela tem tido uma grande repercussão no público que nos procura. Por isso apostamos numa programação coerente e com qualidade”.
A cerimónia terminou com a autora e Paulo Eduardo Carvalho a ler alguns poemas.