
O Museu da Quinta de Santiago celebrou dez anos no dia 2 de Abril. A estrutura museológica tutelada pela Câmara Municipal de Matosinhos tem sido, durante esta década, um pilar fundamental na programação cultural promovida pela Autarquia. Actualmente, é um dos espaços museológicos de referência na Área Metropolitana do Porto. Desde que integrou em 2003 a Rede Portuguesa de Museus, tem crescido exponencialmente a vários níveis.
O Museu da Quinta de Santiago, inaugurado em 1996, tem por missão preservar e divulgar a memória histórica de Matosinhos e Leça da Palmeira através da arte. Inserido num edifício histórico, testemunhou as profundas transformações urbanísticas e sociais ocorridas na cidade de Matosinhos-Leça nos finais do século XIX e ao longo do século XX.
O Museu é igualmente um espaço de arte e cultura onde, além da sua exposição permanente, contempla obras de pintores como Augusto Gomes, António Carneiro e Agostinho Salgado. Também têm lugar exposições temporárias, concertos de música, peças de teatro, workshops, ateliers artísticos, cursos, etc.
A Casa de Santiago tem mais de um século de vida, ostentando na sua fachada a data indicativa de 1896. A Quinta onde se situa era chamada, nessa altura, Quinta de Vila
Franca, nome que ainda subsiste na rua da sua entrada principal. Foi construída para residência da família Santiago de Carvalho, com projecto de um arquitecto italiano residente em Portugal: Nicola Bigaglia.
No passado dia 2 de Abril, domingo, celebrou-se os dez anos de vida do Museu com diversas iniciativas culturais e com visitas guiadas por personagens da época da Casa de Santiago.
As comemorações iniciaram-se de manhã com a apresentação pública do piano de Óscar da Silva, que passa a pertencer ao espólio do Museu. O piano foi doado pelo Eng. Rocha dos Santos à Câmara Municipal de Matosinhos e ficará exposto na Sala do Piano, na Casa de Santiago. Seguiu-se o lançamento do livro “Augusto Gomes – Gente do Mar”, da autoria de A. Cunha e Silva.
À tarde, realizaram-se visitas guiadas ao Museu por personagens que conviveram com a família Santiago: o mordomo Baptista, o cocheiro Gervásio, a aia Maria Felicidade, a criada Rosa Maria e a espanhola Mari Cármen. Foi uma oportunidade para o visitante fazer uma extraordinária viagem no tempo, ao longo de três séculos, viajando pelos finais do século XIX, conhecer pormenores de construção do edifício, percorrer ao longo do século XX – através dos espaços nobres da casa e colecção de Pintura – entrar pelo século XXI com a dinâmica e iniciativas do Museu e da «Casa do Bosque».
O dia findou com uma peça de teatro pelo grupo Performativo de Belas Artes, da Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.