
Reunião de trabalho com Secretário de Estado Adjunto e da Justiça
O município de Matosinhos está a implementar o “Building Information Modeling” (BIM) nos seus projetos de obra nova e manutenção de edifícios e via pública, de uma forma estruturada e abrangente.
O BIM é uma ferramenta que permite melhorar a eficiência e a qualidade do processo de construção, reduzindo custos e melhorando quer a comunicação entre os envolvidos no projeto quer a sustentabilidade global dos ativos municipais.
Este processo, iniciado de forma pioneira pela Câmara Municipal de Matosinhos, insere-se numa estratégia de gestão inteligente e sustentável do território, com o intuito de atingir a Neutralidade Carbónica em 2030.
Prevê-se que, até 2030, a implementação do BIM em Matosinhos esteja concluída.
O trabalho realizado até ao momento pelo município foi apresentado ao Ministério da Justiça, representado pelo Secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Jorge Alves Costa, que esteve hoje reunido com a vereadora do Ambiente e Transição Energética, Manuela Álvares.
O BIM é um processo pioneiro na Administração Local e atua nas três fases de uma infraestrutura: projeto, construção e operação.
Na fase de projeto, a metodologia BIM permite que os projetistas, construtores e utilizadores trabalhem juntos num modelo digital compartilhado, que contém todas as informações relevantes do projeto, desde a conceção até à sua reabilitação, demolição ou mudança de uso, minimizando, dessa forma, os erros de projeto e melhorando a eficiência geral do processo.
Na fase de construção, esta metodologia ajuda a melhorar a precisão das estimativas de custo e de tempo, e a eliminar erros de duplicação ou omissão de elementos da obra, permitindo que os construtores possam gerir melhor os seus recursos humanos e materiais, e reduzir o tempo de conclusão do projeto. Além disso, o BIM permite a simulação de diversos cenários, incluindo a análise de impactos ambientais e a segurança do trabalho, permitindo que sejam tomadas medidas preventivas e corretivas ainda antes do projeto ser iniciado.
Finalmente, na fase de operação, a metodologia permite que a autarquia monitorize e gerencie o desempenho do edifício, além de realizar manutenção preventiva, melhorando a eficiência energética, reduzindo custos operacionais e garantindo um ambiente de trabalho seguro e saudável para todos os envolvidos.
Esta ferramenta permitirá ainda a construção de gémeos digitais destes ativos, que podem ser usados para estudar problemas complexos que aconteçam no edifício, além de monitorizar, simular e otimizar.
Com esta ferramenta, melhorando em cerca de 10% a produtividade na autarquia, será possível poupar por ano entre 4 e 7 milhões de euros, verba que poderá ser reinvestida na melhoria da qualidade de vida dos munícipes.


