
No dia 12 de Junho, o Presidente da Câmara, Guilherme Pinto, acompanhou o Sr. Primeiro-Ministro José Sócrates na inauguração do Pólo 2 da I Trienal Internacional de Arquitectura de Lisboa, que tem “Vazios Urbanos” como tema central.
Na abertura deste Pólo esteve também presente a Ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, o Vereador da Cultura da Câmara de Matosinhos, Fernando Rocha, bem como uma equipa de arquitectos e técnicos municipais de Matosinhos.
“Vazios Urbanos” são espaços expectantes, relativamente abandonados, no coração da cidade tradicional, ou nas suas periferias difusas. Manchas de “não cidade”, lugares ausentes, alheios ou sobreviventes a quaisquer sistemas estruturantes do território.
Estes territórios surgem muitas vezes em consequência de processos de urbanização instantânea, descontínua, pouco heterogénea e criativa sobre o território. Emergem também nos interstícios remanescentes de uma ruralidade ou de um cadastro persistentes. Surgem dos resquícios de uma cidade com estruturas urbanas decadentes, sejam elas industriais ou de outra ordem, passadas e esquecidas nas ruínas de grandes áreas anteriormente produtivas, mas actualmente desactivadas, ou em centros históricos outrora intensamente vividos e habitados mas hoje em decadência.
Para estes vazios urbanos, em muitas cidades do mundo, equacionam-se, debatem-se e concretizam-se novos conceitos e estratégias operativas, modelos de sustentabilidade e intervenção, bem como plataformas de interacção público/privado.
Neste Pólo da Trienal estará patente, até ao dia 29 de Julho, o núcleo expositivo “Áreas Metropolitanas – Século XXI”, cujos comissários são Cristina Veríssimo Diogo Burnay, Ana Vieira e Nuno Sampaio. A exposição pretende apresentar obras e projectos que os Municípios e Entidades com responsabilidade na gestão do território desenvolveram, ou estão a desenvolver, em áreas expectantes nas áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto.
Lado a lado estarão representadas as estratégias adoptadas pelos diferentes municípios pertencentes à mesma área metropolitana, assim como a compatibilização das diferentes escalas de intervenção das entidades supra-municipais e regionais, sempre com o desejo de construir de forma ambiental e culturalmente sustentável.
A intenção é mostrar sobretudo projectos, em fases de desenvolvimento distintas, com diferentes escalas e dimensões, numa perspectiva do que serão as áreas metropolitanas no nosso século XXI, enquanto espaços de oportunidades, inovação, sedução e renovação da paisagem dos centros urbanos e das periferias difusas.
O espaço público é o tema que estrutura todos estes trabalhos, já que contribui para a integração destes espaços numa nova urbanidade e que será sobretudo o palco de vivências e de demonstrações de cidadania que podemos todos, como cidadãos, vir futuramente a utilizar, viver e desfrutar.
A exposição é representativa das várias formas de intervir nestes territórios e da forma como o poder local tem entendido estes lugares como espaços de oportunidades e inovação, tendo como objectivo central o desenvolvimento de novos espaços públicos de uma forma sustentável, de um sentido crescente de cidadania, de causas comuns e aproximação aos espaços dedicados aos cidadãos.
A Câmara Municipal de Matosinhos está presente na exposição AMPXXI com os seguintes projectos: Marginal de Leça da Palmeira (1ª e 2ª Fases), Piscina Municipal de Guifões e Parque Recreativo Desportivo Nascente.
Poderão ainda ser vistas, através da projecção de um vídeo, a Casa de Chá da Boa Nova e a Piscina das Marés de Siza Vieira, a Quinta da Conceição de Fernando Távora, os edifícios da Câmara Municipal de Matosinhos e da Biblioteca Municipal Florbela Espanca de Alcino Soutinho, a Marginal de Matosinhos de Souto Moura e outras obras municipais, como o Parque do Carriçal, a Piscina Municipal da Senhora da Hora, etc.
Ligações relacionadas:
www.trienaldelisboa.com
Galeria Fotográfica I Trienal de Arquitectura