
No passado sábado, dia 5 de Maio, o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto, entregou um tractor agrícola à Associação Mútua dos Armadores de Pesca de Angeiras, na Lota de Peixe de Angeiras.
Desta forma, a Câmara Municipal reconheceu a importância desta entidade para o desenvolvimento da actividade piscatória e para a promoção do desenvolvimento empresarial e tecnológico de Lavra e do Concelho de Matosinhos, cedendo um tractor agrícola, no valor de cerca de 65.000€, em regime de comodato, para apoio da actividade piscatória, nos processos complexos de entrada e saída das embarcações no mar.
Entre as individualidades, estiveram presentes o Presidente da Associação Mútua dos Armadores de Pesca de Angeiras, Joaquim Pereira, o Vice-presidente da Câmara, Dr. Nuno Oliveira, a Vereadora da Acção Social e Saúde, Dra. Luísa Salgueiro, o Vereador da Educação, Prof. Correia Pinto, e o Presidente da Junta de Freguesia de Lavra, Rodolfo Mesquita.
A Associação Mútua dos Armadores de Pesca de Angeiras, com sede em Lavra, foi criada em 1989 para responder às necessidades da comunidade piscatória.
Na altura, constituíam os pescadores de Lavra cerca de 100 famílias, com 40 embarcações de “boca aberta”, entre os 7 e os 8 metros, orçando cerca de quatro a cinco toneladas.
Actualmente, a comunidade piscatória é constituída por cerca de 40 famílias, e 20 barcos. A Associação tem 214 sócios, das comunidades piscatórias de Angeiras, Aguda e Afurada.
A Mútua, como é conhecida, tem um papel preponderante nas dinâmicas das comunidades piscatórias próximas, relevante no apoio e ajuda em todos os procedimentos administrativos (licenças, vistorias, candidaturas a apoios comunitários) e procedimentos ligados com a pesca (incluindo pequenas reparações das embarcações).
Para além destas atribuições, a Associação Mútua dos Armadores de Pesca de Angeiras gere ainda o posto de venda de peixe da Lota de Angeiras, conforme protocolado com a Docapesca.
A actividade piscatória tem constituído, desde há séculos, parte integrante da matriz produtiva do País. Exercida, tantas vezes, em circunstâncias extremamente dolorosas, levou milhares de vidas, enchendo páginas e páginas de um historial de tragédias. Mas, ao mesmo tempo, alimentou e suportou vastas comunidades.
Em Matosinhos, a sua importância estende-se na história, tendo lançado raízes profundas na nossa cultura e estrutura social. Hoje, Matosinhos, continua a ser um concelho fortemente influenciado pela omnipresença do Mar. É inquestionável que em termos de imaginário colectivo e de enquadramento paisagístico o Mar é o elemento mais marcante das vivências quotidianas da nossa terra.