
26 Mai '06
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2006-05-26 00:00:00
2006-05-26 00:00:00
Europe/Lisbon
Salve a Língua de Camões
Museu da Quinta de Santiago
Horário:
21h30
Local:
Museu da Quinta de Santiago
Arquivo
Sons e palavras de Cabo Verde em Portugal
Salve a Língua de Camões! 2ª edição
Dramaturgias inéditas para ver, ouvir e sentir em português
Salve a Língua de Camões! 2ª edição
Dramaturgias inéditas para ver, ouvir e sentir em português
O Museu da Quinta de Santiago, estrutura museológica tutelada pela Câmara Municipal de Matosinhos, apresenta a leitura dramatizada de “Sozinha num palco?”, do dramaturgo Mário Lúcio Sousa, pela Companhia Teatral CAIR-TE/ Teatro Reactor.
Concebido e produzido pela Companhia Teatral CAIR-TE/ Teatro Reactor, este intercâmbio de Dramaturgias Lusófonas, através de leituras encenadas de autores novos e consagrados da Literatura para Teatro em Língua Portuguesa, espelha uma aposta na descentralização do Teatro, a nível formal e conceptual. “Salve a Língua de Camões” tem como parceiros a Câmara Municipal de Matosinhos, a Sociedade Portuguesa de Autores, a Associação Paulista de Autores Teatrais, a Mindelact, FNAC e o Consulado Geral do Brasil no Porto.
A quarta viagem será feita pelos sons e palavras de Cabo Verde, reforçando a internacionalização do projecto com a ligação via internet no decorrer da sessão.
Da Ilha de Santiago chega-nos a peça de Mário Lúcio Sousa, Dramaturgo, Embaixador Cultural de Cabo Verde, Compositor e Músico do Grupo Simentera e Fundador do Fesquintal de Jazz (Festival Internacional de Jazz de Cabo Verde). Depois de «Adão e as Sete Pretas de Fuligem», peça encomendada pelo Porto2001 com encenação de João Branco e «Salon», “Sozinha num palco?”, a sua terceira dramaturgia, versa sobre um mundo onírico.
Tudo aquilo que quero / Só o posso ser em sonhos.
As lembranças de uma mulher sozinha e analfabeta, no seu primeiro dia como empregada na casa dos Império, um casal que planeia ter um filho de nome Futuro. Ironicamente, é do passado que falamos, das memórias de uma mulher cuja vida foi construída não pelo que fez, mas exactamente por tudo aquilo que nunca fez e que desejou fazer com a sua vida. Com a solidão, o desterro, o vazio de nunca ter sido, nunca ter aprendido as palavras e conhecido outros mundos.
Escassas e intensas memórias desta mulher numa ilha, cercada em si mesma, em céus e paisagens que sempre conheceu tão bem. Ao lugar mais longe que foi, fê-lo pelo sonho. E que, se soubesse escrever, escreveria a sua vida. Assim, para si mesma. Mesmo que, depois de escrita, a guardasse numa gaveta até morrer em pó. Assim é Maria. Sozinha, no palco da vida.
William Gavião
Venha ao Museu. Abrace as palavras, os sons e as mornas de Cabo Verde.
Escassas e intensas memórias desta mulher numa ilha, cercada em si mesma, em céus e paisagens que sempre conheceu tão bem. Ao lugar mais longe que foi, fê-lo pelo sonho. E que, se soubesse escrever, escreveria a sua vida. Assim, para si mesma. Mesmo que, depois de escrita, a guardasse numa gaveta até morrer em pó. Assim é Maria. Sozinha, no palco da vida.
William Gavião
Venha ao Museu. Abrace as palavras, os sons e as mornas de Cabo Verde.
Ficha Técnica:
Interpretação de Manuel Joaquim, Patrícia Esteves, William Gavião.
Direcção da leitura: William Gavião
Cenografia/ Sonoplastia/ Fotografia/ Otília Martins/ Ricardo Peixoto/ Francisco Saraiva.
Produção: CAIR-TE/Teatro Reactor.
Interpretação de Manuel Joaquim, Patrícia Esteves, William Gavião.
Direcção da leitura: William Gavião
Cenografia/ Sonoplastia/ Fotografia/ Otília Martins/ Ricardo Peixoto/ Francisco Saraiva.
Produção: CAIR-TE/Teatro Reactor.
Curriculum
Mário Lúcio Sousa
Dados biográficos:
Lúcio Matías de Sousa Mendes, mais conhecido pelo nome artístico de Mário Lúcio Sousa nasceu no Tarrafal, na Ilha de Santiago, Cabo Verde, em 21 de Outubro de 1964. Ali fez os estudos primários. Ficou órfão de pai aos 12 anos, e de mãe, juntamente com os seus sete irmãos, aos quinze anos. Aos doze anos, foi adoptado como pupilo pelas Forças Armadas, e passou a viver como interno no quartel, antigo Campo de Concentração do Tarrafal, sob a tutela do Estado Maior.
Dados biográficos:
Lúcio Matías de Sousa Mendes, mais conhecido pelo nome artístico de Mário Lúcio Sousa nasceu no Tarrafal, na Ilha de Santiago, Cabo Verde, em 21 de Outubro de 1964. Ali fez os estudos primários. Ficou órfão de pai aos 12 anos, e de mãe, juntamente com os seus sete irmãos, aos quinze anos. Aos doze anos, foi adoptado como pupilo pelas Forças Armadas, e passou a viver como interno no quartel, antigo Campo de Concentração do Tarrafal, sob a tutela do Estado Maior.
Prosseguiu os seus estudos secundários no Tarrafal. Obteve uma bolsa de estudos do Estado quando para ingressar no Liceu na cidade da Praia. Durante esse percurso destacou-se como aluno brilhante, activista cultural e músico. Em 1984 obteve uma bolsa de estudo do Governo Cubano para estudar Direito na Universidade de Havana, onde se licenciou em 1990.
Regressou a Cabo Verde e exerceu a profissão de Advogado independente.
Foi Deputado do Parlamento Caboverdeano entre 1996 e 2001.
Foi Assessor do Ministro da Cultura (1992) e recentemente constituído Embaixador Cultural de Cabo Verde.
Regressou a Cabo Verde e exerceu a profissão de Advogado independente.
Foi Deputado do Parlamento Caboverdeano entre 1996 e 2001.
Foi Assessor do Ministro da Cultura (1992) e recentemente constituído Embaixador Cultural de Cabo Verde.
Literatura:
Poesia:
Nascimento de Um Mundo (1990)
Sob os Signos da Luz (1992)
Para Nunca Mais Falarmos de Amor (1999)
Ficção:
Os Trinta Dias do Homem mais Pobre do Mundo (2000). Prémio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, 1ª edição.
Os Trinta Dias do Homem mais Pobre do Mundo (2000). Prémio do Fundo Bibliográfico da Língua Portuguesa, 1ª edição.
Teatro:
Adão e As Sete Pretas de Fuligem (2001)
Salon
Duas sem três (2002)
Adão e As Sete Pretas de Fuligem (2001)
Salon
Duas sem três (2002)
Música:
Fundador e líder do grupo musical Simentera, que marcou a viragem da música de Cabo Verde para o acústico e reivindicou a cultura continental africana como elemento da identidade cultural caboverdeana.
As suas concepções valeram-lhe o convite do Governo caboverdeano para ser Assessor do Comissariado para a Expo/92 e Autor do Projecto musical de Cabo Verde para a Expo Sevilha 92 e Lisboa 98.
Multi- instrumentista e arranjista de vários álbuns de solistas caboverdeanos. Fundador e Director da Associação Cultural Quintal da Música, cujo Centro Cultural Privado trabalha na valorização da música tradicional e no acesso das crianças à aprendizagem e à promoção dos seus talentos.
Multi- instrumentista e arranjista de vários álbuns de solistas caboverdeanos. Fundador e Director da Associação Cultural Quintal da Música, cujo Centro Cultural Privado trabalha na valorização da música tradicional e no acesso das crianças à aprendizagem e à promoção dos seus talentos.
Compositor, membro da SACEM (Societé française des Droits d'auteur), com temas gravados por Cesária Évora e outros artistas caboverdeanos. É compositor permanente da companhia Raiz di Polon, a única formação de dança contemporânea do Arquipélago. Compôs a banda sonora para a peça de Teatro "Adão e as Sete Pretas de Fuligem", de que é também autor, encomendado pelo Porto Capital Europeia da Cultura, encenado por João Branco.
Fundador do Fesquintal de Jazz, Festival Internacional de Jazz de Cabo Verde. Já fez concertos nos Estados Unidos, Brasil, França, Alemanha, Suécia, Finlândia, Noruega, Austria, Senegal, Mauritânia, Portugal, Suiça, Eslovénia, Grécia, Espanha, Luxemburgo, Bélgica, Itália, Roménia, Inglaterra e outros.
Gravou recentemente em França (Com o Grupo Simentera) o CD Tr'adictional, seu projecto musical sobre a mestiçagem e que conta com a participação do camaronês Manu Dibango, dos senegaleses Touré Kunda, do brasileiro Paulinho Da Viola, e dos portugueses Maria João e Mário Laginha.
Estudioso das músicas tradicionais, entre elas a música vocal dos Rabelados.
Gravou recentemente em França (Com o Grupo Simentera) o CD Tr'adictional, seu projecto musical sobre a mestiçagem e que conta com a participação do camaronês Manu Dibango, dos senegaleses Touré Kunda, do brasileiro Paulinho Da Viola, e dos portugueses Maria João e Mário Laginha.
Estudioso das músicas tradicionais, entre elas a música vocal dos Rabelados.
Pintura:
Pertence ao movimento da nova geração de pintores. Tem várias exposições no país e no estrangeiro.
Pertence ao movimento da nova geração de pintores. Tem várias exposições no país e no estrangeiro.
Links de interesse:
Homepage do Autor: http://www.mariolucio.com
Críticas: www.mundolusiada.com.br/COMUNIDADE/comu06_abr001.htm
Espectáculos em Portugal:
Escola Superior de Dança de Lisboa. 8 de Junho de 2006.
A partir do texto “Duas sem Três”, de autoria e musica original por Mário Lúcio, apresentação de performance pela Companhia de Dança CaboVerdeana Raiz di Polon: http://www.esd.ipl.pt/raizdipolon/duassemtres.html
Homepage do Autor: http://www.mariolucio.com
Críticas: www.mundolusiada.com.br/COMUNIDADE/comu06_abr001.htm
Espectáculos em Portugal:
Escola Superior de Dança de Lisboa. 8 de Junho de 2006.
A partir do texto “Duas sem Três”, de autoria e musica original por Mário Lúcio, apresentação de performance pela Companhia de Dança CaboVerdeana Raiz di Polon: http://www.esd.ipl.pt/raizdipolon/duassemtres.html
Conteúdo atualizado em2019/03/0612:06