
Três novas ideias de negócio e três start-ups distinguidas
Já são conhecidos os vencedores do programa “Colmeia”, um programa de inovação colaborativa na comunidade, no valor de 500 mil euros, organizado pela Câmara Municipal de Matosinhos e pela Galp.
O programa “Colmeia” visou impulsionar o empreendedorismo e a transição energética em Matosinhos, reunindo talento, startups e toda a comunidade em torno de soluções sustentáveis.
Os principais desafios da Colmeia foram a transição energética, a valorização do património e a diminuição da pobreza energética.
A “Colmeia” dividiu-se em duas iniciativas: “IN.COMUNIDADE” e “IN.STARTUP”.
A grande final decorreu ontem, no Edifício dos Paços do Concelho. A vereadora da Economia, Turismo e Internacionalização deu as boas-vindas a todos os participantes, adiantando que, “mais do que um projeto, a Colmeia é um processo”. Marta Pontes manifestou “orgulho” pela dimensão do trabalho desenvolvido e pela ligação entre os setores público e privado e comunidade. “Vocês são já uma parte da comunidade Matosinhos. Ao longo deste processo, interessaram-se pela nossa história, pelas nossas raízes, pela nossa cultura, pela nossa identidade, pelos problemas da nossa comunidade”, acrescentou a autarca.
“Tornar a vida melhor para a comunidade” foi o objetivo principal deste projeto, nas palavras de Manuel Andrade, da Galp, para quem “o resultado foi incrível”.
“IN. COMUNIDADE” envolveu a participação ativa dos moradores no processo de inovação e transição energética em Matosinhos. Os participantes tiveram a oportunidade de desenvolver as suas ideias inovadoras, de receber orientação especializada e de aceder a recursos para transformar as suas ideias em realidade. Das 28 candidaturas submetidas, chegaram à final três projetos.
Em 1º lugar, com um prémio de 12.500 euros, ficou o projeto “Suntech Workflow”, que desenvolveu uma solução inovadora alimentada por tecnologia de Inteligência Artificial, que analisa e sugere soluções otimizadas e eficientes às empresas instaladoras de energia solar. No 2º lugar, com um apoio financeiro de 7.500 euros, ficou o projeto o “Bairro”, que trabalha na instalação de painéis fotovoltaicos para fornecimento de energia de forma a mitigar a pobreza energética de um dos bairros mais carenciados de Matosinhos. Em terceiro lugar, com um prémio de 5 mil euros, ficou “Energia com vida”, que trabalha num sistema de trampolins piezoelétricos para conversão da energia cinética gerada pelas pessoas em energia elétrica e distribuí-la onde for necessário.
Por sua vez, “IN. STARTUP” desafiou start-ups, que abordassem soluções de transição energética, a desenvolver e otimizar a sua proposta de valor à comunidade de Matosinhos.
Das 50 candidaturas apresentadas, cinco chegaram à final e apresentaram ontem os seus projetos. Foram elas: “Bandora”, uma plataforma de Inteligência Artificial que recolhe dados gerados pelos edifícios e utiliza-os para implementar soluções em tempo real, ajudando a reduzir o consumo de energia até 40%, “EaVy Charging”, que desenvolve soluções que permitem o carregamento rápido simultâneo de vários veículos elétricos estacionados na mesma zona do parque com apenas um carregador; “Kumulus”, um sistema que produz água potável a partir da humidade do ar; “Voltaware”, uma plataforma de análise de informação e de gestão de consumo de energia elétrica em casa; e “Windcredible”, que está focada no desenvolvimento e produção de turbinas eólicas de eixo vertical.
Dos cinco finalistas, foram distinguidos três. O primeiro prémio, no valor de 50 mil euros, foi para “EaVy Charging”. Em segundo lugar, com 15 mil euros, ficou a “Windcredible”. O terceiro lugar, com um prémio de 10 mil euros, foi atribuído à “Kumulus.”









