Apresentação do Diagnóstico Social de Matosinhos
O Conselho Local de Ação Social (CLAS) esteve reunido esta manhã no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
A sessão de abertura do 31º Plenário do CLAS contou com a participação da Vereadora da Ação Social, Lurdes Queirós. Estiveram ainda presentes o Vereador da Educação, António Correia Pinto, a Vereadora do Ambiente, Joana Felício, o presidente da junta da união de freguesias de Matosinhos- Leça da Palmeira, Pedro Sousa, o presidente da junta da união de freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, Rodolfo Mesquita, entre outros convidados.
Entre os vários temas abordados no 31º Plenário do CLAS destaque para a apresentação e aprovação do Diagnóstico Social do Concelho.
O documento resulta de um trabalho da Rede Social de Matosinhos, mais concretamente do CESIS- Centro de Estudos para a Intervenção Social.
Recorde-se que a primeira versão do Diagnóstico Social foi realizada em 2001, tendo ido alvo de atualizações em 2003 e 2005.
No ano passado, já com os dados mais recentes sobre a realidade do Concelho, o Diagnóstico Social foi totalmente reformulado.
Demografia, famílias, educação, emprego, habitação, saúde, proteção social, situações de risco e imigração foram os indicadores em análise. O documento contou com a participação de várias entidades, entre as quais a Câmara Municipal de Matosinhos, juntas de freguesia, Unidade Local de Saúde, agrupamentos de escolas, associações de pais, Instituto de Segurança Social, Instituto de Emprego e Formação Profissional, Matosinhos Habit, Matosinhos Sport, PSP, GNR, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, escolas de formação profissional, empresas, associações recreativas e desportivas, instituições de solidariedade social do Concelho e Conselho Municipal de Matosinhos.
Foram também apresentados os resultados do estudo sobre o envelhecimento em Matosinhos. Entre 2015 e 2016 foram inquiridas 2225 pessoas com 50 ou mais anos, com ou sem apoio institucional, ou residentes em lares para pessoas idosas.
O estudo incide sobre a situação atual das pessoas idosas (Redes de suporte, Condições financeiras, Saúde, Condições de habitabilidade); as suas perceções sobre Segurança e Violência e o envelhecimento; a participação cívica e as propostas para o seu futuro.
No que respeita às questões da Segurança e da Violência, 8,9% considera o concelho pouco seguro, 21% afirmaram ter sido vítimas de algum crime (maioritariamente furtos e roubos), 65,4% consideram necessário reforço do policiamento e 63,2 % não avaliam positivamente a atuação das forças policiais.
Relativamente à violência doméstica, 10 pessoas afirmaram terem sido vítimas deste tipo de crime, 53 têm conhecimento da sua ocorrência e identificam 85 casos.
Quanto ao Apoio Domiciliário, cerca de metade das pessoas inquiridas defende o aumento da capacidade de resposta do Serviços de Apoio Domiciliário (SAD) e alargada a prestação do serviço atual.
Este alargamento implica a qualificação do serviço designadamente no aumento da capacidade das entidades prestadoras do serviço para realizarem mais visitas diariamente, aumentar o tempo de visitas, alargar o horário de visitas, designadamente, ao período noturno e a generalização da prestação do SAD aos dias de fim de semana e feriados.
A rede de IPSS's que presta Apoio Domiciliário no concelho de Matosinhos é composta por 17 instituições, das quais apenas 10 prestam o serviço 7 dias por semana.
Há ainda algumas empresas que também prestam este serviço diariamente. A capacidade de atendimento das IPSS'S ronda as 600 pessoas, sendo os serviços mais requisitados a alimentação e a higiene pessoal.
Como vulnerabilidades atuais, registam-se os relatos de escassez nas visitas, a qualidade das refeições e o custo elevado do serviço, designadamente em relação à sua qualidade.
Foi ainda apresentado o Plano de Desenvolvimento Social de Matosinhos para o período 2016-2020, que assenta em seis eixos estratégicos: governação integrada; comunicação e divulgação, qualificação das pessoas e organizações, garantia do acesso a direitos, Concelho amigo das famílias e das gerações, e cidadania e participação ativa.





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