A poetisa Flor Bela da Alma Conceição, nasceu em 1894 em Vila Viçosa, Alentejo, mas foi em Matosinhos que realizou a maior parte da sua obra. Florbela Espanca é um dos nomes maiores da poesia portuguesa. Mulher sempre controversa numa sociedade muito repressora nos costumes, foi defensora dos direitos das mulheres. Frequentou a Faculdade de Direito de Lisboa, onde na altura apenas ingressaram quatorze mulheres. A sua primeira obra poética “Livro de Mágoas” (1919), tem uma tiragem de duzentos exemplares, esgotando rapidamente. Na recém-criada revista de caráter progressista, “Seara Nova” é publicado o poema “Prince Charmant”. Em 1923 é publicada a obra poética “Soror Saudade”. Com o seu terceiro casamento, passa a residir, a partir de 1926, em Matosinhos na Rua 1º de Dezembro. Começou a traduzir romances para as Editoras Civilização e Figueirinhas, no Porto. A morte do seu irmão Apeles deixa-a em profundo desespero e inspira-a na escrita de um conjunto de contos “As máscaras do destino”, publicado postumamente. Não encontrou em vida, editora para o seu livro de sonetos “Charneca em flor”, sendo também publicado a título póstumo. Suicida-se com 36 anos no dia do seu aniversário a 8 de dezembro de 1930.
Material: Bronze, cimento
Localização: Jardim da Rua Ló Ferreira, Matosinhos
Inscrição no pedestal:
“Quem nos deu asas para andar de rastos Quem nos olhos para ver os astros Sem nos dar braços para os alcançar” Florbela Espanca