Evento agendado para este fim-de-semana conta com a participação de três solistas de Matosinhos.
No ano em que celebra a Capital da Cultura do Eixo Atlântico, Matosinhos é uma das 19 cidades da Galiza e do Norte de Portugal com presença garantida na Mostra Musical do Eixo Atlântico, a ter lugar já no próximo fim-de-semana, em Villagarcía de Arousa.
Ao longo de dois dias, cerca de 200 estudantes de Conservatórios da euro-região darão a conhecer o seu talento num programa com 55 atuações previstas. Matosinhos estará representado por três solistas.
O evento de carácter bienal, que já vai na sua quinta edição, realizar-se-á no Auditório de Vilagarcía de Arousa e será dedicado ao compositor e professor de música de Mirandela, Eurico Carrapatoso.
Nascido em 1962, Eurico Carrapatoso é licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
Iniciou os seus estudos musicais em 1985, tendo sido aluno de composição de José Luís Borges Coelho, Fernando Lapa, Cândido Lima e Constança Capdeville. Concluiu em 1993 o curso superior de composição no Conservatório Nacional de Lisboa com Jorge Peixinho.
Foi assistente de História Económica e Social na Universidade Portucalense.
Leccionou na área da composição em várias instituições, nomeadamente na Escola Superior de Música de Lisboa, na Academia Nacional Superior de Orquestra e na Academia de Amadores de Música.
É desde 1989 professor de Composição no Conservatório Nacional, integrando o quadro desta instituição.
Recebe regularmente encomendas e a sua música tem vindo a ser executada, editada e difundida desde 1992 na Europa e nos restantes continentes.
Fundou ou integrou o júri de vários prémios de composição tais como o Prémio Jorge Peixinho, o Prémio Eborae Mvsica - 2ª Escola de Évora, o Prémio Dom Dinis e o Prémio de Composição da Sociedade Portuguesa de Autores.
A sua música representou três vezes Portugal na Tribuna Internacional de Compositores da UNESCO realizadas em Paris em 1998, 1999 e 2006.
Ganhou as primeiras edições do Prémio de Composição Lopes-Graça da Cidade de Tomar e do Prémio Francisco de Lacerda.
Em Maio de 2001 foi distinguido pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal com o Prémio da Identidade Nacional.
Em 10 de Junho de 2004 foi condecorado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem do Infante Dom Henrique.
Em Maio de 2011 foi distinguido com o Prémio Árvore da Vida pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura.