A quinta edição do Open House Porto, que terminou ontem, mobilizou, durante dois dias, 37 578 visitas aos 70 espaços que abriram as portas gratuitamente em Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia.
Organizada e produzida pela Casa da Arquitectura, esta edição foi dedicada à “Vida Interior” das cidades e comissariada pelos arquitetos Joana Couceiro e Nuno Valentim.
Apesar de quase metade dos espaços do roteiro deste ano serem casas particulares (44%), com reduzida capacidade de acolhimento de pessoas, a enorme afluência registada mostra que “a programação feita pelos comissários
Foi bem conseguida e foi ao encontro da curiosidade das pessoas.
O desafio suscitado pelo perfil da programação foi ganho também por causa da organização que esteve por detrás desta edição, que mobilizou 300 voluntários, 107 especialistas, 189 visitas comentadas e gerou mais de 760 horas de abertura ao público no total.
A Casa da Arquitectura considera que o enorme sucesso desta iniciativa resulta de vários fatores: a qualidade do programa apresentado, com edifícios de enorme qualidade arquitetónica, e uma organização exemplar, a que acresce uma imensa generosidade dos proprietários que abriram as portas dos seus espaços, incluindo os mais reservados.
Os cinco edifícios mais visitados nesta edição foram respetivamente o Terminal de Cruzeiros de Leixões (8692), o Mosteiro da Serra do Pilar (2799), a Torre Altice (2110), a Casa da Arquitectura (1681) e a Câmara Municipal do Porto (1408).
Dentro do universo das 31 casas particulares, foi a Casa Fez, no Porto, a mais visitada, com 1013 visitantes.
O Vereador da Cultura, Fernando Rocha, conduziu uma das visitas no âmbito da Open House Porto: ao Palacete Visconde Trevões. Mandado construir em 1909 pelo benemérito Emídio Ló Ferreira, um empreiteiro que fez fortuna no Brasil e a quem foi concedido o título nobiliárquico de “Visconde de Trevões”, o edifício já foi uma casa particular, uma escola, um liceu, uma biblioteca municipal e uma sede da Polícia Municipal. Adquirido pela Câmara Municipal de Matosinhos em 1955, o Palacete Visconde de Trevões foi alvo de um intenso trabalho de reabilitação em 2017, num projeto da arquiteta Ana Crista.
Os visitantes da Open House Porto tiveram a oportunidade de conhecer o Palacete Visconde de Trevões, que no futuro acolherá o Museu da Memória de Matosinhos.
A edição deste ano foi a que apresentou o maior número de espaços abertos ao público (70), registando um aumento de 8% face ao ano anterior. As visitas aumentaram 18% relativamente a 2018.
Estes números revelam uma crescente apetência por parte do público para conhecer a arquitetura das cidades envolvidas.
Para além das visitas aos espaços, o Open House Porto oferece todos os anos um programa paralelo gratuito de atividades destinadas a vários públicos, de que se destacam as atividades para crianças e famílias e as visitas inclusivas.
O Open House Porto enquadra-se na missão da Casa da Arquitectura de levar a arquitetura a todos os públicos.
