Perto de 170 operacionais testaram na refinaria de Leça da Palmeira a operacionalidade da proteção civil.
As autoridades distritais de proteção civil vão efetuaram hoje, dia 13 de abril, pelas 9.50 horas, um importante teste à operacionalidade dos meios de socorro da região. A ação esteve centrada na refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos, tendo por base um cenário de explosão num dos reservatórios de petróleo bruto ali existentes. Mais tarde, devido à propagação de uma nuvem tóxica que atingiu também os concelhos da Maia, de Valongo, de Gondomar, do Porto e de Vila Nova de Gaia, foi ativado o plano distrital de proteção civil.
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A realização do simulacro obrigou a alguns cortes de trânsito nas imediações da refinaria e à concentração de importantes meios de socorro na zona da Exponor e da praia do Aterro.
Numa situação real, sublinhe-se, seria necessário evacuar 1313 alojamentos das imediações da refinaria (cerca de 3 mil pessoas), que seriam atingidos pela onda de calor gerada pelo incêndio do depósito. O trânsito de aeronaves de e para o Aeroporto Francisco Sá carneiro sofreria também grandes restrições relacionadas com a nuvem de fumo gerada, a qual obrigaria ainda a emitir avisos à população da região para que evitasse sair de casa. No caso deste simulacro, as ordens respetivas circularão apenas internamente a partir do centro de comando instalado na Câmara Municipal de Matosinhos.
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No momento em que foi dado o alerta, o Presidente da Câmara, Guilherme Pinto, também Presidente da Comissão Municipal de Proteção Civil declarou situação de alerta municipal. Face ainda à gravidade da situação em curso, convocou também a Comissão Municipal de Proteção Civil que reuniu no edifício dos Paços do Concelho.
“A estrutura de coordenação técnica e operacional dos serviços e agentes de proteção civil e controlo dos meios e recursos a utilizar bem como das forças e serviços de segurança são os previstos no Plano de emergência Externo da Refinaria de Matosinhos, documento aprovado pela Resolução da Comissão Nacional de Proteção Civil”, referia o primeiro Ato de Declaração de alerta que emanou da reunião da Comissão Municipal de Proteção Civil e que, em cenário real, seria divulgado de imediato à população através dos meios de comunicação da Autarquia e de todas as entidades envolvidas.
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Foram também comunicadas algumas formas de atuação da população: manter a calma e fechar portas e janelas, caso estejam no interior das habitações; proceder ao corte de gás e não fazer fogo; estar atenta à divulgação da informação e aos avisos das autoridades; se estiver na rua, deve afastar-se das imediações a pé com o vento contra; desimpedir as vias de acesso; se as autoridades aconselharem a evacuação, deve obedecer de imediato com calma, não voltando atrás; caso não seja possível por a salvo os animais atempadamente, deve soltá-los, eles tratam de si próprios.
Os meios envolvidos neste simulacro que durou toda a manhã foram: sete elementos e três viaturas da GNR; 48 elementos e 10 viaturas da PSP, oito elementos, três viaturas e tenda da Cruz Vermelha Portuguesa; 87 elementos das corporações de bombeiros envolvidas, sendo 9 da Petrogal, e 24 viaturas; 8 elementos e três viaturas da Polícia Municipal, três elementos e duas viaturas da Proteção Civil, três elementos da Indáqua; um da EDP Gás, um elemento da Autoridade Marítima e dois elementos do Ambiente da Câmara Municipal de Matosinhos.
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Deste exercício resultaram 7 vítimas evacuadas para o Hospital Pedro Hispano, duas outras encaminhadas para o Hospital de S. João, seis no interior da Refinaria e uma da PSP.
Em situação real, a nuvem de fumo afetaria perto de 55 mil habitantes.
Foram estes números dados por Lurdes Queirós, Vereadora da Proteção Civil, na conferência de imprensa que decorreu durante ao simulacro e que permitiu explicar aos jornalistas todos os pormenores desta operação de âmbito distrital bem como todo o trabalho desenvolvido pela Comissão Municipal de Proteção Civil onde, para além das várias forças de segurança do conselho, marcam presença os presidentes das Uniões de Freguesias, Pedro Sousa Rodolfo Mesquita, Pedro Gonçalves e António Mendes.
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