
Festival junta cidades de Matosinhos, Porto e Gaia. Espaços de Matosinhos acolherão sete espetáculos, entre os quais duas estreias absolutas.
É já na próxima sexta-feira, 29 de abril, que arranca a primeira edição do festival Dias da Dança, uma organização conjuntas das câmaras municipais do Porto, de Matosinhos e de Gaia que trará à Frente Atlântica do Porto alguns dos melhores bailarinos e coreógrafos da atualidade. Até 7 de maio, Matosinhos receberá sete espetáculos diferentes, não só no Teatro Municipal de Matosinhos – Constantino Nery, mas também em espaços públicos e na Biblioteca Municipal Florbela Espanca. Duas das coreografias terão a sua estreia absoluta em Matosinhos, às quais se somará “O Meu Corpo Também Dança”, de Mara Andrade, que se apresentará pela primeira vez nas três cidades que acolhem o festival, e “Petites Formes Dansées”, de Gilles Verièpe, cuja estreia nacional também passará por Matosinhos.
O primeiro dia do festival em Matosinhos arranca, pelas 17 horas de sexta-feira, com a apresentação de “Curva”, de Ana Rita Teodoro, no espaço junto aos paços do concelho, junto à entrada da Galeria Nave. Logo a seguir, pelas 17h30, e no mesmo local, apresentar-se-á “Publico Privado”, uma criação de Catarina Felix.
A primeira estreia matosinhense dos Dia da Dança acontece ao final da tarde de sexta-feira. Pelas 18h30, Dinis Machado apresenta “Paradigma” no Teatro Municipal de Matosinhos – Constantino Nery. O espetáculo tem no seu fulcro o corpo “como peça mecânica de um corpo orgânico maior - o palco” – e que tenta “escapar ao seu próprio antropomorfismo”. “Paradigma” volta ao palco do Constantino Nery no dia seguinte, 30 de abril, às 15 horas.
No dia 5 de maio, pelas 10h30 e pelas 15 horas, o Teatro Municipal de Matosinhos – Constantino Nery acolherá a peça “O Meu Corpo Também Dança”, de Mara Andrade, apresentado como “uma espécie de consultório dançante onde o corpo será experimentado entre bailarinos, médicos-bailarinos e crianças dos 6 aos 8 anos de idade”.
Também no dia 5, mas pelas 21h30, o teatro municipal matosinhense acolherá aquele que é visto como um dos pontos altos do festival: a estreia de “Jaguar”, um espetáculo da luso-cabo-verdiana Marlene Monteiro Freitas, um dos nomes mais internacionais da cena de dança contemporânea nacional. “Em ‘Jaguar’ somos marionetas e enquanto tal, manuseados e acionados. Confiar-nos-emos a outrem e às suas mãos: Mandinga d’ Soncent, Wolfli, Blaue Reiter, entre outros, que apesar de radicalmente diferentes, não serão mais do que uma extensão de nós próprios. ‘Jaguar’ é um excerto, uma cena de caça ou, ainda, uma cena de caça assombrada”, descreve a coreógrafa.
No dia 6 de maio será a vez de a Biblioteca Municipal Florbela Espanca acolher, pelas 17h30, “Petites Formes Dansées”, de Gilles Verièpe. Antes disso, pelas 17 horas, “Vaga 2”, de Né Barros, viajará de metro, entre as estações da Trindade e de Matosinhos.
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