Numa cidade cujo roteiro de arte urbana se tem desenvolvido através de projectos como o UPTHERE FESTIVAL e MURAL DA LIONESA, em Matosinhos, num simples passeio pelo concelho, somos surpreendidos por verdadeiras obras de arte. Hoje, as paredes da cidade voltam a ganhar novo eco através do projeto SEAT Art Cities — curated by Vhils.
SEAT Art Cities — curated by Vhils resulta de uma parceria entre a SEAT e o artista Alexandre Farto (Vhils) num conceito inovador que une 5 artistas e 5 cidades do país através da componente da arte urbana, no desenvolvimento daquele que pretende ser o maior roteiro da street art em Portugal. Agregando pontos de referência artística, cultural, histórica e de lazer, cada cidade é representada por um artista local, cicerone das paredes locais na qual a arte urbana cresce. O projeto compõe um mapa digital que servirá como roteiro online para quem quiser conhecer a cidade nessa perspetiva.
Este projeto está a ser desenvolvido em Braga, Lisboa, Aveiro e Carvoeiro, onde artistas como B.E.K., André da Loba, Tamara Alves, AkaCorleone, Draw e Contra desvendam as suas influências seminais.
Em Matosinhos Draw&Contra agem como dupla e são os interlocutores e criadores de um novo mural na cidade, no cruzamento da Rua de Goa e da Rua 1º de Maio. Membros integrantes do colectivo de artistas multidisciplinares proveniente do Porto COLECTIVO RUA, Draw&Contra desenvolveram este novo mural apresentando deste modo a sinopse da composição artística:
“ (…) concebemos o projeto inspirados em “Matosinhos, uma cidade rica em desenho. Vários tipos de desenho, alguns sendo inspiração há muitos anos (…) Siza Vieira, autor da casa de chá da Boa Nova, dando este excelente exemplo do desenho da arquitetura em conformidade com o espaço envolvente - a natureza. A cidade conta ainda com obras de Fernando Távora, Souto Moura, Alcino Soutinho entre muitos outros. Matosinhos é uma cidade de arquitetos mas também de Street Art que conta já com alguns bons exemplos espalhados pelo concelho. Dito isto, a ideia consistiu em pintar uma imagem de alguém que desenha com um olhar penetrante de quem se está a focar - mesmo que em pensamento - na cidade. Colocamos ainda o pormenor da planta como fator natural junto ao artista...um elemento da natureza que está para o desenho em cima da mesa como o mar está para a casa de chá. A personagem em si não representa ninguém em específico mas sim uma ação. É uma personagem anónima como na maioria dos nossos trabalhos. A pintura pretende prestar homenagem aos que desenham, aos que escrevem, aos que refletem sobre a cidade e não a nenhuma personalidade singular.”
