Festejar o idioma de Camões homenageando a língua de Rubem Fonseca
Há treze anos que, uma vez por mês, a Companhia Teatro Reactor de Matosinhos leva a cabo a poética função de celebrar a diversidade e qualidade dramatúrgica do idioma Português. Na próxima quinta-feira, pelas 21h30, a iniciativa “Salvé a Língua de Camões” regressa ao Espaço Irene Vila do Museu da Quinta de Santiago para a leitura encenada de mais uma peça de teatro de outras paragens da lusofonia, homenageando, desta vez, um dos vencedores do prémio literário que leva precisamente o nome do autor d’Os Lusíadas: Rubem Fonseca.
“Mont Blanc”, o texto do mineiro Alberto Ratton, evoca o escritor de “A Grande Arte”, ficcionando-o enquanto sofisticado escritor de romances policiais que recebe a inesperada visita de um ladrão surpreendente. Autor premiado nas américas do Norte e do Sul, e conhecido em Portugal por ter sido o argumentista de séries como “A Viúva do Enforcado” e “A Banqueira do Povo”, Ratton homenageia assim um dos mais importantes autores da Língua Portuguesa da segunda metade do século XX, traduzido em inúmeros países e vencedor do Prémio Camões em 2003.
Rubem Fonseca, recorde-se, começou por se revelar como contista, publicando “Os Prisioneiros” em 1963. Conferindo uma importância decisiva à oralidade e ao ritmo do Português que se fala no Brasil, acabou por se consagrar graças a romances como “A Grande Arte” (1983), “Vastas Emoções e Pensamentos Imperfeitos” (1988) e “Bufo & Spallanzani” (1986), que em 2012 (quase trinta anos depois da edição original) foi ainda o vencedor do Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d’Escritas”.
A iniciativa “Salvé a Língua de Camões” visa, recorde-se, promover a divulgação de dramaturgias em língua portuguesa, apresentando leituras encenadas de textos de autores consagrados e emergentes. Estimula assim o intercâmbio nacional e internacional de atores, dramaturgos, criadores e estudiosos do teatro dos vários países de expressão portuguesa.
Na sua 13ª edição, o projeto dramatúrgico “Salvé a Língua de Camões” constitui hoje, diz o vice-presidente e vereador da Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos, Fernando Rocha, “um exemplo de teimosia, longevidade e persistência que talvez só encontre paralelo na teimosia, longevidade e persistência do escritor brasileiro Rubem Fonseca, o qual, nonagenário, não cessa de escrever a sua grande arte”. Já este ano, refira-se, o autor brasileiro publicou o livro de contos “Calibre 22”.
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