O lugar do Castro do Monte Castêlo apresenta as raízes enterradas da primeira povoação de Matosinhos, habitada desde antes do século V antes de Cristo até ao século V da Era cristã.
Atualmente o terreno é propriedade da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e está a ser alvo de um trabalho de investigação com vista a descobrir o modo como decorreu o crescimento e o posterior desaparecimento da povoação portuária daquela zona.
As escavações estão integradas num projeto plurianual de investigação, valorização e divulgação do Castro de Guifões, que envolve a Câmara Municipal de Matosinhos, a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a APDL e a União das Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões.
Recorde-se que, já ano passado, foram recolhidos vários vestígios do passado remoto de Matosinhos, incluindo uma habitação do século I A.C., os quais reforçaram a convicção de que existiu em Matosinhos, há cerca de dois mil anos, uma importante estrutura portuária de comércio internacional.
Foram identificados diversos muros que corresponderiam a duas casas do tempo do Império Romano e a construções mais antigas. Foram ainda recolhidos fragmentos de cerâmicas e amostras de sementes.
As escavações arqueológicas foram retomadas no passado dia 24 de abril e receberam ontem a visita de uma equipa da RTP que entrevistou o Vereador da Cultura, Fernando Rocha, para o programa “Portugal em Direto”.
As escavações arqueológicas prosseguem até ao próximo dia 26 de maio. A partir do dia 19 de maio, todos os interessados poderão ainda aproveitar os Dias Abertos para, a partir das 15 horas, visitar o local dos trabalhos, contactar com os investigadores e usufruir duma visita guiada ao sítio arqueológico.
