“Matosinhos tem, há mais de cinco anos, uma forte aposta na educação. Estamos a falar de um investimento global de mais de 100 milhões de euros, entre o dinheiro da Câmara e da Administração Central. Faltam apenas algumas obras que estavam candidatadas ao QREN”, disse o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, à margem de uma visita, dia 26 de Abril, às escolas secundárias Augusto Gomes, Padrão da Légua e Boa Nova.
O Ministério da Educação, através da empresa Parque Escolar, está a efetuar, desde 2005, uma profunda remodelação nas escolas secundárias do Concelho, num investimento superior aos 52 milhões de euros. Concluída está a intervenção na Escola Secundária João Gonçalves Zarco, faltando apenas a construção do pavilhão gimnodesportivo, ainda em fase de projeto.
Em fase de construção estão as escolas secundárias Augusto Gomes e Padrão da Légua. “As obras estão a bom ritmo, ainda que tenha havido um ligeiro atraso. Tivemos que fazer uma alteração ao projeto inicial da escola secundária do Padrão da Légua para adaptar o edifício à atual realidade da comunidade educativa. O resto manteve-se”, explicou.
O edil visitou ainda a Escola Secundária da Boa Nova, em Leça da Palmeira, obra que estava já adjudicada, mas que foi suspensa pelo atual Governo. “A obra está parada à espera que o Governo dê luz verde à Parque Escolar para retomar a intervenção. A Câmara desafiou o Governo a transferir-nos o dinheiro para sermos nós a fazer a obra, mas até agora não obtivemos resposta. Esta escola tem problemas estruturais graves que ainda não estão resolvidos desde que se deu início ao processo. Estamos a falar de infiltrações de água, problemas no saneamento ou a existência de telhas de amianto. Esta obra é decisiva. A Escola Secundária da Boa Nova foi apanhada no meio do turbilhão. Precisamos de ter uma escola em condições. Não percebo as razões da suspensão”, afirmou.
O Dr. Guilherme Pinto, acompanhado do Vice-presidente da Autarquia, Dr. Nuno Oliveira, e do Vereador da Educação, Prof. António Correia Pinto, anunciou também que a Câmara irá avançar com uma ação judicial contra o Ministério da Educação por “discriminação”. “Acordamos com o Governo anterior que a Câmara faria a remodelação e ampliação das EB de Matosinhos e de Leça da Palmeira. Ficou definido que a Administração central financiaria a obra em 85% e a Câmara suportaria os restantes 15%. Assim aconteceu. Viemos depois a saber que, noutros municípios, as obras nas escolas foram financiadas pelo Estado a 100%. Os matosinhenses não são portugueses de segunda. Falamos com o Ministério da educação, mas nem uma resposta tivemos. Vamos exigir o direito à igualdade. Queremos os 1,5 milhões de euros que o Ministério da Educação nos sonegou”, frisou.
Conteúdo atualizado em26 de abril de 2012às 15:58