Primeiras composições adquiridas a Espanha já chegaram à Oficina da CP
Seis meses depois da reabertura do Parque Oficinal de Guifões, o ministro das Infraestruturas regressou às instalações para assinalar a chegada das primeiras 18 carruagens adquiridas pela CP à espanhola RENFE. No total, serão 51 as carruagens que virão de Espanha por 1,65 milhões de euros, para serem requalificadas em Guifões. O valor do investimento deverá subir para os cerca de oito milhões de euros, contando com a requalificação, de acordo com Pedro Nuno Santos. O governante fez-se acompanhar na visita pela Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Luísa Salgueiro, pelo Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, e pelo presidente da junta da união das freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, Pedro Gonçalves. Segundo o presidente da CP, Nuno Freitas, as primeiras carruagens, destinadas à Linha do Minho, estarão a funcionar entre dezembro e janeiro. As restantes estarão ao serviço das linhas de intercidades e regionais, podendo circular a 200 quilómetros por hora. Recorde-se que a reparação de composições da CP em Guifões foi desativada em 2012, mantendo-se apenas a manutenção de composições da Metro do Porto. A falta de material circulante tornou-se uma necessidade prioritária, levando o Governo a encomendar 22 novas composições, que deverão chegar apenas em 2023. Cada uma tem um custo a rondar os 700 mil euros. Assim, para colmatar esta necessidade, o Parque Oficinal de Guifões tem agora a seu cargo a recuperação de material circulante abandonado, reduzindo significativamente a importação de serviços. “Nos últimos anos, nomeadamente no último ano, fez-se aquilo na ferrovia que não se fez durante décadas. O país precisa de material circulante novo. Não abdicamos de lançar concurso. Mas demora alguns anos e não podemos ficar à espera”, adiantou Pedro Nuno Santos. O ministro das Infraestruturas considerou ainda que, do ponto de vista ambiental, a ferrovia é “imbatível” e responde aos desafios em termos de mobilidade sustentável que o “país precisa para o futuro”.