Impacto económico da prova subiu 16,4% em relação ao ano passado.
O Rally de Portugal voltou este ao Norte do país, após 12 anos de ausência.
A 49.ª edição da prova registou um aumento do seu impacto económico em 16,4%, face à edição do ano passado.
Os 13 municípios envolvidos garantiram no conjunto um impacto agregado na ordem dos 39,8 milhões de euros (61,1% do impacto económico direto total do Rally), isto é, cada um dos municípios terá assegurado um retorno económico direto que oscila entre os 358 mil a 5,54 milhões de euros, com a inerente variabilidade pela dimensão relativa de cada município e grau de envolvimento com a prova.
Matosinhos, recorde-se, acolheu na Exponor o centro nevrálgico de operações da 49ª edição do Rally de Portugal, realizada entre 21 e 24 de maio.
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Os restantes municípios abrangidos pela prova foram Amarante, Baião, Caminha, Fafe, Guimarães, Lousada, Matosinhos, Mondim de Basto, Paredes, Ponte de Lima, Valongo, Viana do Castelo e Vieira do Minho.
Os números foram apresentados ontem e fazem parte de um estudo elaborado pelo Centro Internacional de Investigação em Território e Turismo da Universidade do Algarve, em parceria com a Universidade do Minho.
Desenvolvido entre Janeiro e Setembro de 2015, o estudo revela que a prova teve um impacto económico total estimado em 127,4 milhões de euros, apontado como um valor recorde, através da análise da despesa direta dos adeptos, do volume de exportações em turismo e do efeito fiscal.
A despesa direta total gerada pela prova na economia do turismo no Norte de Portugal, assegurada por adeptos e equipas, atingiu os 65,2 milhões de euros, estabelecendo um novo patamar máximo do evento e refletindo um acréscimo de 18,8% face à edição de 2014, isto é, mais 10,3 milhões de euros.
Nos quatro dias da prova, os adeptos permaneceram em média 2,9 noites e 28,5% prolongaram a sua estada além das três noites. Como corolário desta experiência, entre 61,6% a 89,2% dos turistas revelaram a intenção de regressar à região para férias nos próximos três anos, e entre 79,9% a 92,7% indicaram que vão recomendar a visita ao destino a amigos e familiares.
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No que toca à receita fiscal gerada pelo volume e tipologia das despesas dos adeptos presentes na prova, sobretudo no sector da alimentação e bebidas, transportes internos e alojamento, o documento estima mais de 24 milhões de euros de receita de IVA e ISP.
Em termos mediáticos, os principais mercados externos alcançados foram a Polónia, França, Espanha, Finlândia e Itália, tendo conquistado 73,5 milhões de espectadores (15% de um total de audiência acumulada de 444,6 milhões de espectadores de todas as sete provas do calendário WRC de 2015).
A edição de 2015 do Rally de Portugal foi apoiada pelos municípios e comparticipada em 85% por fundos comunitários canalizados pelo programa operacional ON.2.
Simultaneamente, os efeitos económicos são também extensíveis aos demais municípios da região, os quais garantiram 25,4 milhões de euros de impacto direto (38,9% do total).
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