04.05.12
Em vésperas do arranque de mais uma Queima das Fitas do Porto, a Câmara Municipal de Matosinhos volta a manifestar o total repúdio pelo desrespeito do sossego dos moradores.
As Autarquias existem para servir os cidadãos. Todos, sem exceção. A Câmara Municipal de Matosinhos é responsável pela segurança, conforto e higiene de todos os que escolheram o seu território para viver e trabalhar.
A Câmara Municipal lamenta, por isso, que, todos os anos, os seus habitantes sintam a sua qualidade de vida lesada pelo egoísmo de outros. A Queima das Fitas do Porto, mesmo não ocorrendo dentro dos limites geográficos do Concelho de Matosinhos, afeta principalmente quem habita junto à Estrada Exterior da Circunvalação. O ruído, o estacionamento caótico, os constrangimentos de trânsito e o lixo, são situações, que, lamentavelmente, e apesar dos esforços da Câmara Municipal de Matosinhos, repetem-se.
“Temos um grande carinho pelos estudantes e pela inteligência que se cria nas universidades. Há muito que esta Autarquia abraça e incentiva a instalação de estabelecimentos do ensino superior no Concelho. A Escola de Gestão do Porto é apenas o último desses exemplos e constitui uma enorme conquista para esta autarquia”, sublinha o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto.
Todavia, nem a Câmara Municipal de Matosinhos nem as forças de segurança do Concelho são ouvidas relativamente ao planeamento de um evento que mobiliza milhares de pessoas. Considerando que se trata, não de uma falta de respeito, mas de uma questão de segurança pública, a Câmara Municipal de Matosinhos tudo fez - em vão - para minorar os efeitos negativos do impacto da Queima das Fitas na vida dos seus munícipes, quer pela via do diálogo quer pela via judicial. Aliás, o Dr. Guilherme Pinto defende a realização de um estudo de monitorização do ruído, a colocação de barreiras acústicas naturais, a mudança de local do palco e a limitação de horário na música da chamada tenda eletrónica.
Impotente perante a decisão do Tribunal Administrativo do Porto de indeferimento de uma providência cautelar, a Câmara Municipal de Matosinhos, legalmente, nada mais pode fazer.
“Só mesmo os cidadãos individualmente podem acionar os mecanismos legais necessários para impedir o ruído”, adiantou o edil.
O Dr. Guilherme Pinto lamenta ainda que os efeitos negativos da Queima das Fitas sejam comparados com os das Festas da Cidade: “A Romaria do Senhor de Matosinhos é um evento minuciosa e atempadamente preparado, exatamente para evitar transtornos aos seus habitantes e a quem nos visita. Rejeito, por isso, qualquer tipo de comparação advinda apenas de ignorância e de má fé”.
O autarca apela, como tal, à compreensão dos cidadãos que escolheram Matosinhos para viver em busca da qualidade de vida e sossego que esta cidade oferece e que outros teimam em desrespeitar.
Conteúdo atualizado em4 de maio de 2012às 16:01
