Humor, agudeza e vivacidade. Quando, em 1781, foi requisitado para compor a música que havia de acompanhar a visita do futuro Czar da Rússia a Viena, Joseph Haydn (1732-1809) criou um conjunto de peças que continuam a ser consideradas o ponto alto da sua produção musical. A primeira, hoje conhecida como “Quarteto em Sol Maior Op.33, Nº5”, poderá ser escutada já no próximo domingo, 25 de setembro, pelas 17 horas.
Estreado perante a seleta assistência da corte vienense, o “Quarteto de Cordas Op.33, Nº5” ressoará desta vez na Igreja de São Mamede Infesta, num concerto integrado no programa Música em Matosinhos e na digressão que o Quarteto de Cordas de Matosinhos está a efetuar pelas igrejas paroquiais do concelho no âmbito da Capital da Cultura do Eixo Atlântico 2016. A entrada no concerto é livre.
Do programa fará ainda parte uma outra obra emblemática do repertório para quartetos de cordas: o “Quarteto de Cordas em Lá menor, op.132, nº15”, de Ludvig von Beethoven (1770-1827). Estreada em 1825 e composta após uma doença grave do compositor, a peça foi dedicada ao Conde Nicolai Glitzin e terá sido originalmente destinada a integrar a famosa Nona Sinfonia.
O Quarteto de Cordas de Matosinhos é, recorde-se, uma presença regular na programação das principais salas de espetáculos de Portugal e da Europa. A digressão da formação composta por Vítor Vieira, Juan Maggiorani, Jorge Alves e Marco Pereira pelas igrejas do concelho visa a democratização da música erudita, dando sequência ao trabalho de proximidade que o agrupamento vem realizando ao longo dos anos junto da população, bem como à aposta da Câmara Municipal de Matosinhos na formação e criação de públicos. A iniciativa tem registado uma forte adesão do público.
Criado pela autarquia em 2007, o Quarteto de Cordas de Matosinhos é atualmente considerado uma das melhores formações nacionais de música erudita, tendo conquistado em 2014 o Prémio Rising Stars da Organização Europeia de Salas de Concertos.
