
Projeto apresentado prevê um investimento de quase 58 milhões de euros
O Programa Metropolitano para a Qualificação Urbana da Circunvalação foi hoje apresentado em Matosinhos, na Sala de Sessões Públicas da Câmara Municipal.
Presentes estiveram os presidentes das autarquias abrangidas pela Estrada da Circunvalação: Matosinhos (Eduardo Pinheiro), Porto, (Rui Moreira), Maia (Bragança Fernandes) e Gondomar (Marco Martins).
O presidente do Conselho Metropolitano do Porto destacou, na sua intervenção, “o trabalho de consenso que os quatro municípios conseguiram fazer”. “Há muito investimento à nossa espera. Temos que desenvolver este espírito metropolitano”, defendeu Emídio Sousa.
Também Eduardo Pinheiro realçou “o encontro de vontades” na concretização de uma via que, em vez dividir, una e “mude de uma vez por todas a sua natureza”.
O projeto foi apresentado pelo arquiteto Avelino Pereira, secretário da Comissão Executiva Metropolitana, e pelo arquiteto Manuel Correia Fernandes, Vereador do Urbanismo da Câmara do Porto e coordenador técnico do grupo de trabalho Estrada Nacional 12.
O trabalho, iniciado em meados de 2014, contou com a participação de quadros técnicos e consultores dos quatro municípios abrangidos pela Circunvalação (Estrada Nacional nº 12). A coordenação política do projeto é da responsabilidade de Bragança Fernandes.
A Estrada da Circunvalação, com 17 quilómetros de extensão, não possui atualmente passeios nem estacionamento organizado.
O projeto apresentado prevê a redução da prevalência do automóvel e a promoção de um ambiente sustentável e descarbonizado na mobilidade urbana, privilegiando os percursos para peões e bicicletas.
Para o efeito, não só preservará o património ambiental existente como prevê um reforço da arborização e da ligação às áreas verdes urbanas adjacentes.
Assim, estão previstas quatro vias com três metros de largura (duas em cada sentido), 2500 lugares de estacionamento organizado, 40 novas paragens para transporte público, 2800 novas árvores, 15.500 m de ciclovia, 130.000 m2 de passeios, um separador central com 190.000 m2 dos quais 15.500 m constituirão um corredor segregado para transporte público.
A obra, estimada em 58 milhões de euros, será candidata a fundos do programa de investimento “Portugal 2020”, para obter um financiamento na ordem dos 85%. Os restantes 15% serão suportados pelos municípios envolvidos. Dos cerca de 58 milhões, mais de 14,5 milhões de euros dizem respeito a Matosinhos.
Dada a complexidade da obra, prevê-se que seja executada por troços. “Esta obra não será para amanhã”, admitiu o presidente da Câmara do Porto.
Rui Moreira referiu que “este não é um projeto para um ciclo político”. “Temos agora um masterplan de uma das vias estruturantes da Área Metropolitana do Porto. Falta muito trabalho”, reconheceu o autarca.
Marco Martins elogiou a articulação entre os quatro municípios, sublinhando que “se não fosse as autarquias, este projeto não ia a lado nenhum”.
“Este é um dia histórico para a Área Metropolitana do Porto. Os nossos fins políticos podem ser diferentes, mas os nossos princípios são comuns: servir as pessoas”, concluiu Bragança Fernandes.
Presentes na sessão de apresentação do projeto estiveram ainda o Vice-presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Fernando Rocha, o Vereador da Educação, António Correia Pinto, a Vereadora da Ação Social, Lurdes Queirós, o Vereador do Ambiente e Desporto, Tiago Maia, o Vereador da Mobilidade, José Pedro Rodrigues, o presidente da união de freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, Rodolfo Mesquita, entre outros autarcas.
Clique aqui para mais pormenores sobre o projeto.
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