Ministro da Educação quer reverter as elevadas taxas de retenção
Um ano após o lançamento do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, professores, psicólogos, assistentes, técnicos das autarquias, pais e encarregados de educação, representantes de associações profissionais estão hoje reunidos na Exponor para debater “A vez e a voz das comunidades educativas”.
Ao longo do dia, o I Seminário Nacional do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar abordará temas como a intervenção preventiva nas competências leitoras, a promoção atempada do sucesso escolar, as competências e saberes enquanto contributos integrados para o sucesso escolar, entre outros.
O Coordenador Nacional do Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar frisou que “Portugal fez um caminho notável nos últimos 50 anos no que respeita à educação, mas ainda há muitos alunos que não conseguem fazer as suas escolhas no tempo certo”. “É preciso construir novos caminhos de possibilidades”, acrescentou.
José Verdasca pediu respeito pela autonomia das escolas e apelou à construção de soluções por equipas multidisciplinares num espírito de colaboração e de confiança recíproca.
Matosinhos é um dos municípios portugueses que mais investiu na educação quer na requalificação do seu parque escolar quer na implementação de programas de combate ao insucesso e abandono escolar como o “Matiga” ou o “A Ler Vamos”.
O Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos defendeu que a educação tem que estar no centro da agenda política nacional, dando o exemplo de Matosinhos. Mais de 50 milhões de euros foram investidos na última década na construção e requalificação de 29 equipamentos escolares no Concelho. “Mas não está tudo feito. Mais importante do que os equipamentos, é termos os alunos mais felizes, com as melhores condições, os melhores instrumentos de preparação para a entrada no mercado de trabalho, para serem melhores cidadãos”, referiu Eduardo Pinheiro.
Também o Ministro da Educação defende a necessidade de uma reforma no setor para que, em 2020, “Portugal seja mais e melhor qualificado”.
Tiago Brandão Rodrigues recordou que, em Portugal, os níveis de retenção são três vezes superiores à média da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). “O sucesso é a fonte, mas também é o destino das políticas educativas. 1/3 da população escolar vê a escola como uma experiência de falhanço ou de insucesso “, acrescentou. Para inverter esta situação, o Governo lançou o Programa Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, que aposta na formação contínua, no envolvimento das comunidades educativas e na autonomia dos projetos locais.
O seminário contou ainda com a presença do Vereador da Educação da Autarquia, António Correia Pinto, e a deputada da Assembleia da República, Luísa Salgueiro.
