O Dr. Guilherme Pinto defendeu que “Matosinhos reúne todas as condições para ser o centro nevrálgico do Norte do País a nível económico”, contribuindo, desta forma, para que “Portugal deixe de estar na periferia da Europa e assuma um lugar de destaque”.
“Há muito que Matosinhos fez os trabalhos de casa em matéria de Economia do Mar”, afirmou o autarca, realçando a “parceria dinâmica” com a Administração dos Portos do Douro e Leixões (APDL). Os acessos ao Porto de Leixões, a qualificação urbana, o ordenamento do território, as plataformas logísticas, o Terminal de cruzeiros ou o Pólo do Mar da Universidade do Porto são o fruto da “teimosia e criatividade” do Executivo a que preside.
Ainda no que respeita à Economia do Mar, o Dr. Guilherme Pinto salientou a aposta no conceito “Mar à mesa”, o apoio aos desportos náuticos e a requalificação da orla costeira para justificar “o investimento que transformou a realidade de Matosinhos”. “Ao fim destes últimos seis anos, tudo está diferente”, frisou.
O Presidente da Câmara de Matosinhos lamentou, contudo, a “atitude terceiro-mundista do poder central” em relação ao “único porto de pesca lucrativo do país”. “A estrutura de segunda venda de pescado de Matosinhos é a última a receber a atenção do poder central. Não sei porquê. O meu único desgosto é não conseguir convencer o poder lisboeta de que a renovação do único porto de pesca que dá lucro é fundamental para a economia do País”, disse.
O Dr. Guilherme Pinto falava hoje, dia 17 de Junho, na sessão de abertura da Conferência Internacional sobre “Valorização económica e sustentabilidade dos recursos marinhos”, promovida pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) e pela Associação Oceano XX- Cluster do Conhecimento e Economia do Mar.
Ao longo de quatro dias, o Fórum do Mar reunirá em Matosinhos académicos, decisores institucionais, empresários, gestores e dirigentes associativos, portugueses e estrangeiros, em torno do debate sobre projectos de valorização económica e sustentável dos recursos marinhos.
Abrangendo e cruzando as diferentes áreas de conhecimento e de actividade, o Fórum do Mar pretende criar oportunidades de desenvolvimento e a geração de novos produtos e de novos processos em actividades da Economia do Mar.