O Dr. Guilherme Pinto lamentou que infraestruturas tão importantes para a euro-região como o Aeroporto Francisco Sá Carneiro e o Porto de Leixões tenham ficado de fora da Cimeira Luso-espanhola que decorreu no Porto.
“Só ouvi falar de reparações na linha ferroviária Porto - Vigo. Não ouvi uma única referência ao Aeroporto e ao Porto de Leixões na Cimeira Luso-espanhola. Era preferível não dizer nada. Estes ativos têm que ser contemplados na relação com a Galiza. Estamos a falar de seis milhões de habitantes. Não percebo porque o Governo não coloca estas infraestruturas na mesa das negociações”, disse hoje, dia 11 de Maio, o Dr. Guilherme Pinto.
Na sessão de abertura do Fórum do Mar, a decorrer na Exponor, o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos afirmou que o “Norte merece uma oportunidade”, mas que “não precisa de favores de Lisboa”.
Aproveitando a presença do presidente demissionário da APDL, o autarca de Matosinhos elogiou o trabalho de Matos Fernandes na gestão do “melhor porto português” e criticou, mais uma vez, a intenção do Governo de fundir as administrações dos portos nacionais. “No dia em que tudo depender de um despacho do Terreiro do Paço, estaremos todos paralisados. O centralismo e a ausência de confiança nos parceiros são algo que merece um profundo reparo. O Porto de Leixões obteve excelentes resultados até hoje porque tinha autonomia. Tenhamos muito receio de mexer naquilo que dá bons resultados. A vida não é só o resultado de estudos que, muitas vezes, nos levaram a enganos. A fusão portuária será um crime económico”, sublinhou o Dr. Guilherme Pinto.
O Presidente da Câmara de Matosinhos defendeu que “os portos têm que ser bem tratados, integrados na comunidade, mais competitivos e atrativos”. A propósito do tema da Conferência “Internacionalização das Atividades da Economia do Mar”, o Dr. Guilherme Pinto referiu como exemplo de aproveitamento económico do mar a estratégia que mereceu a aposta do seu Executivo há mais de seis anos. A fórmula “M2C- Mar, Movimento e Cultura” centrou as suas atenções no porto de pesca, na indústria conserveira, nos transportes e logística, na orla costeira, na orla costeira, na aquacultura, no turismo, no terminal de cruzeiros, na gastronomia, na ciência e investigação da Zona Económica Exclusiva. “O que falta é o aproveitamento energético”, adiantou.
“A aposta no mar que criámos há seis anos é hoje seguida pelo Sr. Presidente da República. Esperemos que o mar não volte a ser ignorado”, concluiu o edil, que acompanhou o Prof. Aníbal Cavaco Silva numa visita à Feira do Mar.