Câmara homenageia antigo autarca e o papel da indústria conserveira no desenvolvimento de Matosinhos
“Um dia, os netos vão poder ver, estar e brincar na praça do avô”. As palavras são de Inês Pinto, uma das filhas de Guilherme Pinto, proferidas esta manhã, na inauguração da nova praça em Matosinhos- Sul.
Idealizada por Guilherme Pinto, a nova praça recebeu hoje o seu nome, numa cerimónia de homenagem onde não faltou emoção.
“A cidade de Matosinhos foi o grande amor do nosso pai. Dedicou-lhe grande parte da sua vida, muitas vezes em detrimento da vida pessoal. A praça é o símbolo máximo do seu legado profissional. Nada, nem ninguém, consegue colmatar a ausência dele”, acrescentou Inês, acompanhada pela irmã Joana.
Guilherme Pinto, recorde-se, nasceu em Matosinhos em 1959 e faleceu a 8 de janeiro de 2017, tendo presidido à Câmara Municipal entre 2005 e a data da sua morte.
A 12 de janeiro de 2017, o Executivo, liderado na altura por Eduardo Pinheiro, deliberou atribuir o nome de Guilherme Pinto à nova praça projetada pela arquiteta municipal Luísa Valente.
“Hoje a dor saiu à rua, apesar de ser um dia de festa”, afirmou a esposa de Guilherme Pinto. Isabel Fragoso recordou os últimos momentos de vida do antigo autarca e da lista de obras que queria fazer, entre as quais, a praça hoje inaugurada. “Pior do que morrer é ser-se esquecido. Obrigada por não se terem esquecido”, disse.
Manuel Pizarro, presidente da Federação Distrital do Porto do Partido Socialista, destacou a “alegria, a inteligência, a capacidade de contornar os problemas, de ter um sonho e a capacidade de o concretizar”. “O Guilherme está vivo na autarquia de Matosinhos. Muito do que ele sonhou está a concretizar-se”, salientou.
“Continuamos a vê-lo em cada uma das obras do seu legado. Dar o seu nome a esta praça é de elementar justiça. A praça é um símbolo da modernidade, mas de uma modernidade alicerçada no passado”, frisou também a Presidente da Assembleia Municipal de Matosinhos, Palmira Macedo.
Já a Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos recordou o sonho de Guilherme Pinto de criar praças em cada uma das antigas dez freguesias do Concelho. “Esta praça foi concebida na cabeça do Guilherme Pinto. Ele deu-me um caderno de encargos de coisas que queria que fizéssemos. É um trabalho que temos vindo a fazer e que foi o sonho dele. Esta praça é a praça que Matosinhos nunca teve e que será agora um espaço privilegiado para o exercício da cidadania. Sejam felizes aqui nesta praça”, afirmou Luísa Salgueiro.
Situada entre as ruas Sousa Aroso, D. João I e Brito e Cunha, e a “Broadway”, a Praça Guilherme Pinto tem 7.765 metros quadrados de área.
Na praça foi também erigido o «Memorial às operárias e operários da indústria conserveira», um conjunto escultórico de grandes dimensões desenhado por Ruy Anahory. Da autoria da arquiteta municipal Luísa Valente, a Praça Guilherme Pinto contempla ainda um cardume de grandes peixes metálicos, uma rede de pesca, uma chaminé de uma antiga fábrica de conservas e os nomes, no piso, das 54 empresas conserveiras que existiram em Matosinhos.
A obra representa um investimento de cerca de 890 mil euros, cofinanciada pelo FEDER através do programa comunitário Portugal2020/Norte 2020.
A Ministra do Mar marcou presença na cerimónia. Ana Paula Vitorino falou de Guilherme Pinto e da sua ligação ao mar, da memória da indústria conserveira, da homenagem à pesca e aos pescadores, das “preocupações dele com as suas origens”. “Era um amigo. Um símbolo do melhor que a política tem quando sabe ser primeiro humana e depois política. A melhor homenagem que lhe podemos fazer é sermos felizes nesta praça”, concluiu a governante.
Além do descerramento da placa de inauguração da Praça Guilherme Pinto, a cerimónia contou com as atuações do coro Ensemble Vocal Pro Musica, conduzido pelo maestro José Manuel Pinheiro, e da Banda de Matosinhos-Leça, dirigida pelo músico Rui Reininho.
Presentes na cerimónia de hoje estiveram ainda a mãe de Guilherme Pinto, Maria da Luz, o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, o Vice-presidente da Autarquia de Matosinhos, Eduardo Pinheiro, o Vereador da Cultura, Fernando Rocha, a Vereadora da Modernização Administrativa, Ângela Miranda, o Vereador da Educação, António Correia Pinto, o Vereador dos Transportes e Mobilidade, José Pedro Rodrigues, os Vereadores Narciso Miranda e Ana Fernandes, o administrador da MatosinhosHabit, Tiago Maia, a administradora da Matosinhos Sport, Helena Vaz, o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, o presidente da Câmara Municipal da Maia, Silva Tiago, o presidente da junta da união das freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, Pedro Gonçalves, o presidente da junta da união das freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, Pedro Sousa, a presidente da junta da união das freguesias de Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, Lurdes Queirós, o presidente da junta da união das freguesias de S. Mamede de Infesta e Senhora da Hora, Leonardo Fernandes, entre outras personalidades.
Mais logo, pelas 21h30, a Praça Guilherme Pinto será palco de uma visita guiada pelo historiador Joel Cleto, que recordará a memória da indústria conserveira em Matosinhos.
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