A Ministra do Mar regressou hoje a Angeiras para lançar a primeira pedra da construção do novo quebra-mar daquela zona piscatória.
A empreitada, no valor de 3,8 milhões de euros, visa proporcionar melhores condições de abrigo em relação à agitação marítima durante a navegação de aproximação e partida para a pesca, na área de varagem na praia e, em particular, na travessia dos Leixões do norte e do sul.
Para o efeito será construído um molhe com cerca de 448 m de comprimento, sinalizado com um farolim.
A obra tem um prazo de execução de 18 meses, incluindo seis meses de paragem de inverno. O valor final da construção do Portinho de Angeiras ficará pelos quase cinco milhões de euros, dos quais 75% são provenientes de fundos comunitários do Programa Operacional Mar 2020.
“Queremos que a atividade piscatória se mantenha em Angeiras e que seja feita em condições de segurança física e operacional relativamente às intempéries e marés. Temos de honrar os nossos compromissos”, declarou Ana Paula Vitorino.
Esta é a última fase do projeto do Portinho de Angeiras. No ano passado, o Porto de Controlo e Registo de Angeiras (edifício da lota) foi totalmente reabilitado.
A intervenção, a rondar os 163 mil euros, pretendeu responder às exigências para manipulação, acondicionamento e venda de pescado.
Além do reforço estrutural e da substituição da cobertura em fibrocimento, foram requalificados os vãos das escadas e colocados novos revestimentos interiores. Foram ainda instalados equipamentos para a produção e armazenamento de gel, zonas de acondicionamento e pesagem de pescado, e de processamento administrativo.
No ano passado foi também concluída a obra de aprofundamento do Canal de Acesso à Zona Piscatória de Angeiras, no valor de 315 mil euros.
A intervenção teve por objetivo a melhoria das condições de segurança e operação no caneiro natural de acesso à área e varagem na praia.
Para o efeito foi criado um canal de acesso à cota -1,0 m (ZH), com cerca de 50 m de largura.
Depois do quebra-mar, Ana Paula Vitorino considera que outras melhorias podem ser feitas naquela zona, ao nível das instalações sanitárias e não só: “O passo seguinte é fazer o enquadramento urbanístico e paisagístico desta área”.
Para a Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, “estamos a executar o sonho desta comunidade piscatória”. “Um sonho com muitos anos. Esta é a última etapa das obras que eram necessárias. É uma justiça o que se está aqui a fazer. Matosinhos desenvolveu-se a partir desta relação com o mar. Angeiras está a mudar e vai continuar a mudar”, frisou Luísa Salgueiro.
Além de Ana Paula Vitorino e de Luísa Salgueiro, a cerimónia contou com a presença do secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, do diretor Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, José Simão, da presidente da Assembleia Municipal de Matosinhos, Palmira Macedo, do Vice-presidente da Autarquia, Eduardo Pinheiro, dos vereadores Fernando Rocha, António Correia Pinto e José Pedro Rodrigues, da administradora da Matosinhos Sport, Helena Vaz, de Miguel Hora, em representação da União de Freguesias Perafita, Lavra e Santa Cruz do Bispo, do Presidente da Assembleia Municipal do Porto, Miguel Pereira Leite, da Presidente da Docapesca, Teresa Coelho, da Presidente da APDL, Guilhermina Rega, entre outros convidados.
