30.09.12
Chegada do Rei D. João V, leilão de escravos e o auto de fé do escritor judeus António José da Silva em destaque. Termina hoje a grande aventura dos Piratas!
Nos últimos dias, Leça da Palmeira foi invadida por corsários, escravos e mestiços, turcos e jesuítas, judeus e cristãos-novos, alquimistas loucos, bruxos desastrados, astrónomos, matemáticos e físicos, príncipes e poetas, comerciantes, artesãos, pescadores, nobres, mendigos, marinheiros…personagens da época, que constituem um universo imaginário muito forte, alimentado pela literatura e pela indústria cinematográfica.
Desde muito cedo profundamente ligada ao mar pela pesca, produção de sal e construção naval, Matosinhos destaca-se, a partir do século XII, como terra de afamados “homens do mar” ligados ao comércio marítimo. Durante os séculos seguintes, nomeadamente com a Expansão Marítima, torna-se, cada vez mais, uma terra de marinheiros, pilotos, contramestres, capitães de navios e… piratas.
Um dos mais poderosos senhores nesta região no século XIV, João Rodrigues de Sá, alcaide-mor do Porto e donatário de Matosinhos, tinha aqui fundeados barcos de corso. Mas não era caso único. Outros fidalgos utilizavam Matosinhos e Leça como o porto das suas caravelas piratas: no século XV, Fernão Coutinho, que se tornaria num dos principais impulsionadores e padroeiros do convento de Nossa Senhora da Conceição (a atual Quinta da Conceição), e o próprio João Gonçalves Zarco (que apesar de não ser natural de Matosinhos, aqui casou e viveu), que se notabilizou como o “descobridor” da Madeira, mas que, de início, foi um corsário.
Para combater os ataques dos piratas, tomaram-se medidas de prevenção como a vigilância das praias de dia e de noite e a construção de fortificações. Exemplo disso é o Forte de Nossa Senhora das Neves, também conhecido como Castelo de Leça, onde decorre a recriação histórica dos Piratas que hoje chega ao fim!
Consulte o programa para hoje:
Domingo, dia 30 de Setembro
12h00 – Abertura com Manjares da época
15h00- Cortejo Histórico
16h30 – Entoação do cântico Te Deum em honra da chegada de D. João V, O Magnânimo e da arquiduquesa D. Maria Ana de Áustria
Ao longo dos séculos, em ocasiões de especial relevância - uma insigne vitória ou algum outro grande dom recebido da Providência - o povo cristão utilizou-se do Te Deum para manifestar aos Céus sua gratidão. Vários relatos falam da entoação deste cântico em alguns dos portos por onde passou D. João V no seu regresso com a arquiduquesa a Portugal. 18h30 – Dramatização: “Ataque de paralisia de D. João V e visita dos físicos à corte” Em 1742, D. João V sofreu o primeiro ataque de paralisia. Os físicos aconselharam o monarca a recorrer às águas das Caldas da Rainha. Em Julho de 1750, piorou consideravelmente, e foi sacramentado…
Ao longo dos séculos, em ocasiões de especial relevância - uma insigne vitória ou algum outro grande dom recebido da Providência - o povo cristão utilizou-se do Te Deum para manifestar aos Céus sua gratidão. Vários relatos falam da entoação deste cântico em alguns dos portos por onde passou D. João V no seu regresso com a arquiduquesa a Portugal. 18h30 – Dramatização: “Ataque de paralisia de D. João V e visita dos físicos à corte” Em 1742, D. João V sofreu o primeiro ataque de paralisia. Os físicos aconselharam o monarca a recorrer às águas das Caldas da Rainha. Em Julho de 1750, piorou consideravelmente, e foi sacramentado…
20h00 – Leilão de um lote de escravos da Guiné Venda de escravos e seu assentamento no livro da Fazenda pelo Tabelião e cobrança das taxas e dízimas.
21h30 - Dramatização: Auto-de-fé e condenação à morte do escritor judeu, António José da Silva Escritor prolífico, assinava comédias, óperas e sátiras, criticando a sociedade portuguesa da época, as quais foram encenadas frequentemente em Portugal nos anos 1730. Influenciado pelas ideias igualitárias do Iluminismo francês, António José da Silva ligou-se a um grupo de “estrangeirados”, formado por eminentes figuras como Alexandre de Gusmão, o principal conselheiro do rei D. João V. Em 1737, António José da Silva foi preso e torturado pela Inquisição. Condenando à morte pela prática do judaísmo, acabou queimado num Auto-de-Fé em Lisboa em Outubro de 1739. A história deste autor inspirou Bernardo Santareno, ele próprio de origem judaica, a escrever a peça O Judeu.
23h00 - Espetáculo de Malabares de Fogo e Pirotecnia “ As Mil e Uma Noites” Produção inspirada nas “Mil e Uma Noites” (Alf Lailah Oua Lailah), obra clássica da literatura Persa, compilada entre o século XII e o século XVI, que chegou ao ocidente no início do século XVIII, através do orientalista francês Antoine Galland.
23h00 - Espetáculo de Malabares de Fogo e Pirotecnia “ As Mil e Uma Noites” Produção inspirada nas “Mil e Uma Noites” (Alf Lailah Oua Lailah), obra clássica da literatura Persa, compilada entre o século XII e o século XVI, que chegou ao ocidente no início do século XVIII, através do orientalista francês Antoine Galland.
Conteúdo atualizado em30 de setembro de 2012às 12:18
