“Esta paragem tem consequências catastróficas”, alerta o Presidente da Câmara de Matosinhos.
“Matosinhos assiste desde 19 de setembro a uma paragem inédita no nosso país com consequências catastróficas para a comunidade piscatória”, alerta o Presidente da Câmara Municipal.
Guilherme Pinto já solicitou junto do Ministério da Agricultura e Pescas uma reunião com carácter de urgência para encontrar uma solução, de forma a evitar que esta situação se repita já no próximo ano.
A pesca da sardinha está interdita atá ao final do ano, depois de Portugal e Espanha terem atingido a quota estabelecida pela União Europeia de 20 mil toneladas previstas para 2014.
Em Matosinhos, cerca de 30 embarcações estão paradas, deixando dezenas de famílias numa situação de desespero social, uma vez que o último trimestre do ano representa cerca de 50% da captura anual.
Esta situação, aliada à paragem obrigatória do período do defeso, prejudica todo o sector da restauração no Concelho, atingindo cerca de 600 restaurantes e os seus 6 mil trabalhadores.
A interdição afeta também toda a indústria conserveira para quem a sardinha representa 95% das suas exportações.
Guilherme Pinto considera que “é preciso repensar a captura da sardinha para que este recurso tão importante não se esgote”. Todavia, sublinha que “não basta estipular o número de toneladas que é permitido capturar”. “É preciso repensar o período de captura, o tempo de paragem da atividade e a forma de captura da sardinha. É preciso que o Governo português atue firmemente junto de Bruxelas para alterar esta quota para que esta catástrofe não se repita em 2015”, defende o autarca de Matosinhos.