Festival Matosinhos em Jazz encerrou em grande
Um mar de gente invadiu ontem Matosinhos para ouvir a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música e Pedro Abrunhosa, que se juntaram para um concerto especial inserido no Festival Matosinhos em Jazz.
Um concerto único, aberto à população, num momento festivo a marcar o Verão, que aconteceu na noite de sábado, dia 28 de julho, na Praça Guilhermina Suggia, em frente à Igreja do Bom Jesus de Matosinhos.
Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara de Matosinhos, e Fernando Rocha, Vereador da Cultura, marcaram presença no concerto.
Pedro Abrunhosa revisitou o seu repertório em palco com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, dirigida pelo maestro Baldur Brönnimann.
Num concerto oferecido à cidade de Matosinhos, a Orquestra Sinfónica apresentou um espetáculo inédito centrado nas canções de um nome fundamental do panorama musical português dos últimos 25 anos.
No palco partilhado com o próprio Pedro Abrunhosa e o seu Comité Caviar foram interpretados autênticos hinos que marcaram várias gerações de ouvintes.
“Não posso +”, “Socorro”, “Lua”, “Tudo o que te dou”, “Fazer o que ainda não foi feito”, “Será”, “O meu querido filho”, “Momento”, “É preciso ter calma”, “Ilumina-me”, “Se eu fosse um dia o teu olhar”, “Rei do Bairro Alto”, “Eu nem sei quem te perdeu”, “Para os braços da minha mãe”, “É preciso ter calma” foram alguns dos temas apresentados aos milhares que se deslocaram ontem a Matosinhos.
Os arranjos e a adaptação para orquestra sinfónica foram da responsabilidade do compositor e maestro Pedro Moreira.
Pedro Abrunhosa aproveitou ainda para dar a conhecer duas músicas do seu novo álbum, que será lançado em outubro, entre as quais “Vem ter comigo aos Aliados”.
Formado em Composição pelo Conservatório de Música do Porto, Pedro Abrunhosa fundou, nos anos 1980, a Escola de Jazz do Porto e a respetiva orquestra, tendo trabalhado, enquanto contrabaixista, com nomes como Joe Hunt, Wallace Rooney, Gerry Nyewood, Steve Brown, Todd Coolman, Billy Hart, Bill Dobbins, Dave Schnitter, Jack Walrath, Boulou Ferré, Elios Ferré, Ramon Cardo, Frankie Rose, Vicent Penasse e Tommy Halferty, entre muitos outros.
Em 1992, Abrunhosa fundou a CoolJazzOrchestra e a Máquina do Som, fazendo Funk em língua portuguesa. Daqui fez nascer os Bandemónio, coletivo com o qual gravou os seus cinco primeiro discos, incluindo “Viagens”, de 1994, um enorme sucesso que atingiu a tripla-platina. O maxi-single “F”, de 1995, o tema “Se Eu Fosse um Dia O Teu Olhar”, que compôs para a banda sonora do filme “Adão e Eva”, e os discos “Tempo”, “Silêncio”, “Momento”, “Luz”, “Longe” e “Contramão” haviam de confirmá-lo, depois, como um dos principais nomes da música portuguesa contemporânea.
Após dois anos de preparação, o próximo trabalho discográfico de Pedro Abrunhosa tem editação marcada para outubro de 2018.
A décima sexta edição do Festival Matosinhos em Jazz encerrou assim em grande.
Recorde-se que Matosinhos voltou este ano a acolher, depois de um interregno de vários anos, um grande festival de jazz. A edição de 2018 do Matosinhos Em Jazz decorreu durante todo o mês de julho, e trouxe 9 concertos de jazz ao ar livre e em espaços públicos da cidade, contando com um cartaz que juntou alguns músicos de exceção, entre eles: Mário Laginha Trio, Cristina Branco, uma parceria entre a Orquestra Jazz de Matosinhos e Sérgio Godinho, e ainda Pedro Abrunhosa acompanhado pela Orquestra Sinfónica da Casa da Música do Porto.
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