A partir de hoje e até domingo, não perca a reconstituição histórica que devolve Matosinhos ao tempo dos corsários.
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Haverá, decerto, quem prefira o capitão Blood, um dos corsários a que o ator Errol Flynn deu rosto, ao mais pitoresco Jack Sparrow dos Piratas das Caraíbas; quem ainda se recorde de Sandokan, o tigre da Malásia, das aventuras de Emilio Salgari que a televisão celebrizou no final da década de 1970, ou quem se assuste com a terrível figura do capitão Gancho; e quem, enfim, nutra mais simpatia pelo Barba Amarela do que pelo Barba Ruiva. Ou pelo Perna-de-Pau. Seja qual for a cor da barba ou o olho que o pirata tenha oculto pela incontornável pala, os temíveis e aventureiros corsários vão regressar a Leça da Palmeira, e às imediações do Forte de Nossa Senhora das Neves, já entre os dias 26 e 28 de junho.
A reconstituição histórica “Os Piratas” recorda o tempo em que, no século XVI, os piratas ainda assentavam arraiais em Matosinhos, enquanto, no mar, os seus navios travavam impiedosas batalhas que resultavam, muitas vezes, em naufrágios. A zona em redor do forte de Leça da Palmeira regressa, por isso, ao passado, transformando-se num cenário de acrobacias, duelos, zaragatas e julgamentos, habitado por piratas façanhudos e donzelas da corte, sem esquecer as tabernas instaladas para aplacar a infinita sede dos flibusteiros.
Organizado pela Câmara Municipal de Matosinhos, o evento recebe todos os anos milhares de visitantes e conta com a adesão dos espaços de restauração existentes na zona, que adaptam a oferta ao ambiente do grande arraial de corsários que ali se instala. Do programa constam sessões do mercado de venda de escravos, assaltos ao forte, treinos da guarda da capitania, sereias e leprosos, comércio diverso, visitas de alquimistas, a cantoria tradicional dos piratas, o espetáculo de fogo e malabarismo “Deuses do Mar” ou a entrada e aclamação de El Rei D. João V, de Portugal e dos Algarves, daquém e além-mar em África, Príncipe do Brasil, Duque de Bragança e Conde de Ourém.
Programa para hoje – 26 de junho
17 horas
Auto de abertura
No mercado, decorrerão, em permanência, várias atividades lúdicas(música, canto, dança, malabarismo e acrobacia, jogos de destreza, falcoaria, treino de armas, etc.)
Das tabernas e tendas do mercado ecoarão os pregões e os ditos de incitamento ao comércio. Os penetrantes aromas do peixe e carne a serem grelhados atrairão os famintos e os sequiosos. As mais variadas personagens cruzar-se-ão pelo mercado: almocreves e bufarinheiros, mendigos e marinheiros, carregadores e aguadeiros, cativos e escravos, poetas e vendedores de sonhos e ilusões, a fidalguia, a burguesia, o povo do norte e o povo do sul, o reino de Portugal e o reino do Algarve, os mouros forros e os flamengos, os ingleses e genoveses, os venezianos e os franceses, numa algaraviada a que se sobrepõe a música dos tangedores e menestréis.
“A Caça do Tesouro - À descoberta do século XVII”.
Atividade pedagógica para os mais jovens.
Receção de jovens piratas e entrega de mapas e coordenação dos meios para resgate do tesouro;
18h00
Músicos e cânticos nas tavernas; Rixas entre piratas; Piratas Acrobatas.
19h00
Alquimistas loucos apregoam novos mundos; Saltimbancos; Viagem Insólita.
20h00
Leilão de escravos e cativos; Piratas Trapalhões.
21h00
Treinos de esgrima da Milícia da Capitania; Cânticos de taverna animam os comensais do porto; tentativa de assalto de piratas desembarcados das relíquias do reino.
22h00
Ciganos, saltimbancos e artistas montam o circo na cidade; Julgamento e enforcamento de Piratas; Viagem Insólita.
23h00
Músicos do reino deleitam os visitantes; Saltimbancos e malabaristas.
24h00
Duelo de honra; Bufarinheiros e trampolineiros armam a barraca; Draco e Isolda.
01h00
Deuses do Mar - Espetáculo de Malabarismo e fogo.
Nota: Animação itinerante, recriações históricas e artes performativas.
