O saxofonista João Mortágua junta-se à OJM para um concerto especial em Matosinhos já a 20 de Fevereiro.
O ciclo dedicado pela Orquestra de Jazz de Matosinhos (OJM) aos jovens solistas que têm conquistado um lugar de maior relevo no jazz nacional chega agora ao seu quarto concerto. É já no dia 20 de Fevereiro pelas 21:30, no Cine-Teatro Constantino Nery, que a noite se veste com o som quente de um saxofonista que tem merecido rasgados elogios da crítica, especialmente desde a edição do seu disco de estreia em nome próprio – Janela (Carimbo Porta-Jazz, 2014).
Natural de Estarreja e formado inicialmente em piano e saxofone no Conservatório de Música de Aveiro, voltou-se mais tarde para o jazz e veio a licenciar-se na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto. Aí, rapidamente se destacou ao tomar parte no Septeto premiado na Festa do Jazz do São Luiz 2007. Nos anos seguintes, facilmente o encontramos nos mais variados clubes e festivais de jazz, ou nos discos de músicos como Miguel Moreira, Nuno Ferreira, Mané Fernandes, pLoo de Paulo Costa, Filipe Teixeira, Alexandre Coelho, Marcel Pascual ou Fanfarra Káustika.
O programa do concerto contará com algumas novidades absolutas no repertório da orquestra, com destaque para os dois temas do disco de Mortágua que serão revestidos por novos arranjos para big band – revelando uma outra aposta da OJM, desta vez nos novos arranjadores. Os temas são Girândola e Voo, e os arranjadores AP Neves e Zé Pedro Coelho. Depois, poderemos assistir a um desfile de alguns dos nomes mais sonantes da escrita para este formato. Assim, um arranjo de Gil Evans sobre um tema de Charlie Parker traz à memória o álbum histórico New Bottle Old Wine, de 1958, que contava com Cannonball Aderley como principal solista. A energia de “GG Train” leva-nos ao tempo de Mingus Ah Um, álbum não menos histórico de Charles Mingus. Depois, Mortágua e a OJM navegam sobre temas de um conjunto de grandes compositores reconhecidos pelo seu papel fulcral na construção da sonoridade moderna das orquestras de jazz – de Bob Brookmeyer a Maria Schneider, passando por John Hollenbeck. Tudo isto sem esquecer a música dos directores da OJM, Pedro Guedes e Carlos Azevedo.