Formação musical completou ontem, 30 de janeiro, 22 anos da sua fundação
A Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM) foi criada em 1999 com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos. Desde então, tem vindo a afirmar-se como uma das formações mais dinâmicas do atual jazz português.
Constituída por alguns dos melhores músicos de jazz da região norte do país, a orquestra desenvolve hoje uma linha de orientação que privilegia, por um lado, a criação de um repertório próprio e, por outro lado, a organização de projetos específicos para os quais vem convidando solistas e maestros de relevo internacional.
Dirigida por Pedro Guedes e Carlos Azevedo, tem colaborado com nomes tão diversos como Maria Schneider, Carla Bley, Lee Konitz, John Hollenbeck, Jim McNeely, Kurt Rosenwinkel, João Paulo Esteves da Silva, Carlos Bica, Ingrid Jensen, Bob Berg, Conrad Herwig, Mark Turner, Rich Perry, Steve Swallow, Gary Valente, Dieter Glawischnig, Stephan Ashbury, Chris Cheek, Ohad Talmor, Joshua Redman, Andy Sheppard, Dee Dee Bridgewater, Maria Rita, Maria João, Mayra Andrade, Manuela Azevedo, Manuel Cruz, Sérgio Godinho, entre muitos outros.
Além das várias atuações em todo o país, a Orquestra Jazz de Matosinhos aposta na internacionalização, através da participação em vários festivais de jazz.
Foi a primeira formação portuguesa de jazz a participar num festival norte-americano (JVC Jazz Festival, Carnegie Hall, em 2007), participou no Beantown Jazz Festival de Boston e realizou temporadas nos clubes nova-iorquinos Birdland, Jazz Standard, Jazz Gallery e Iridium. Em 2015 voltou a integrar o cartaz do Voll-Damm Festival Internacional de Jazz de Barcelona. Atuou no Blue Note de Nova Iorque e na Konzerthaus de Viena.
Em 2014, a Câmara Municipal de Matosinhos agraciou a OJM com a medalha de mérito dourada.
A discografia da OJM começou a ver a luz do dia em 2006 e é o reflexo de algumas das suas colaborações mais sólidas. Depois de Orquestra Jazz de Matosinhos Invites: Chris Cheek (Fresh Sound New Talent), surgiu Portology (Omnitone), com Lee Konitz como compositor e solista principal. Da colaboração com o guitarrista Kurt Rosenwinkel resultou a gravação de Our Secret World (WomMusic, 2010), lançado nos EUA e em Portugal. Em 2011 foi editado o álbum com a cantora Maria João, Amoras e Framboesas (Universal Music). Em 2013 surgiu Bela Senão Sem (TOAP), com arranjos originais sobre a música do pianista João Paulo Esteves da Silva. Em 2014 foi editado o álbum Jazz Composers Forum: today’s european-american big band writing(TOAP), trabalho que resultou da gravação de oito encomendas feitas a oito compositores, quatro americanos e quatro europeus, para o ciclo de concertos com o mesmo nome.
A OJM desenvolve igualmente, desde 2010, o Centro de Alto Rendimento Artístico (CARA) em Matosinhos, promovendo o diálogo entre arte, ciência e tecnologia, designadamente através de projetos multidisciplinares que visem a investigação e desenvolvimento de soluções para a criação, fruição e disseminação de conteúdos criativos.
No ano passado, a OJM mudou-se para as instalações completamente remodeladas da Real Vinícola, onde está também a Casa da Arquitectura.
O novo espaço da OJM, com 700 m2, inclui um estúdio de gravação, salas de ensaio, espaços de apoio, escritórios e atividades do serviço educativo, complementando o trabalho já desenvolvido nas escolas do Concelho.
Um dos maiores projetos que a OJM promove, no âmbito do seu serviço educativo, é a “Grande Pesca Sonora”.
Desenvolvido em 2014, este projeto consiste num extenso programa de oficinas de música, arte multimédia e escrita criativa que termina numa apresentação juntando dezenas de alunos com músicos da OJM.
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