Concerto decorreu no Cine-Teatro Constantino Nery no âmbito do Ciclo Novos Talentos do Jazz.
O Cine-Teatro Constantino Nery foi uma vez mais palco para um concerto inserido no ciclo Novos Talentos do Jazz, promovido pela OJM desde o final de 2014, que tem contribuído para destacar alguns dos jovens músicos mais interessantes do jazz nacional.
Em cada edição anual, um instrumento é escolhido e realizam-se dois concertos para dois solistas, com repertórios desenhados especialmente para o perfil dos músicos convidados.
O concerto da OJM com João Mortágua, na noite de sábado, 20 de fevereiro, marcou o encerramento do capítulo dedicado ao saxofone.
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Sob a direção de Pedro Guedes, o concerto teve como solista João Mortágua – Saxofone e Voz, acompanhado pelos músicos, João Guimarães, João Pedro Brandão, Mário Santos, José Pedro Coelho, Rui Teixeira (saxofones), Javier Pereiro, Ricardo Formoso, Rogério Ribeiro, Susana Silva (Trompetes), Daniel Dias, Paulo Perfeito, Álvaro Pinto, Gonçalo Dias (trombones), Carlos Azevedo (piano), Diogo Dinis (contrabaixo) e Marcos (bateria).
Nos últimos quinze anos tem-se vindo a assistir a uma revolução no panorama do jazz português, que cresceu exponencialmente em qualidade e quantidade de músicos.
João Mortágua atravessou todo este circuito, logo após frequentar o Hot Club de Portugal: fez o pioneiro curso superior de Jazz da Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto, onde se juntou a uma comunidade marcada pela intensa partilha de experiências e integrou a big band académica e o Septeto premiado na Festa do Jazz do São Luiz 2007; cruzou-se com grande parte dos músicos e projetos que inflamaram os palcos do jazz nos anos recentes; e editou o seu primeiro disco no selo ligado à dinâmica associação Porta-Jazz. Conquistou rasgados elogios da crítica com esse disco de estreia em nome próprio – Janela (2014). Natural de Estarreja e formado inicialmente em piano e saxofone no Conservatório de Música de Aveiro, João Mortágua tem marcado presença assídua nos mais variados clubes e festivais de jazz, ou nos discos de músicos como Miguel Moreira, Nuno Ferreira, Mané Fernandes, pLoo de Paulo Costa, Filipe Teixeira, Alexandre Coelho, Marcel Pascual ou Fanfarra Káustika. Colabora regularmente enquanto solista com orquestras de jazz nacionais e é docente de Saxofone Jazz no Curso Profissional de Instrumentista Jazz do Conservatório de Música de Coimbra.
Criada em 1999 com o apoio da Câmara Municipal de Matosinhos, a OJM tem vindo a afirmar-se como uma das formações mais dinâmicas do atual jazz português. Sob a direção de Carlos Azevedo e Pedro Guedes e constituída por alguns dos melhores músicos de jazz da região norte do país, a orquestra desenvolve hoje uma linha de orientação que privilegia, por um lado, a criação de um repertório próprio e, por outro lado, a organização de projetos específicos para os quais vem convidando solistas e maestros de relevo internacional.
Entre esses projetos, destacam-se o concerto de encerramento da Porto 2001, com obras de autores portugueses, a recriação em conjunto com o Remix Ensemble (2002) de Sketches of Spain, obra de referência da parceria Miles Davis/Gil Evans, e os sucessivos convites a solistas, compositores ou maestros de prestígio, como Ingrid Jensen,Bob Berg, Conrad Herwig, Mark Turner, Rich Perry, Steve Swallow,Gary Valente, Dieter Glawischnig, Carla Bley ou Stephan Ashbury.
O Cineteatro Constantino Nery tem sido um palco privilegiado dos concertos da OJM, desde a data de abertura deste espaço.
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