Destaque para a conservação do espaço público e para a elaboração de um plano estratégico de mobilidade.
111,2 milhões de euros é o valor global do Orçamento e Plano de Atividades da Câmara Municipal de Matosinhos para o próximo ano, dos quais 30% destinam-se a investimento.
O documento, que será ainda apreciado pelo Executivo Municipal e pela Assembleia Municipal, assenta em cinco eixos, segundo o presidente Guilherme Pinto: inovação social, mobilidade, qualificação do espaço urbano, potenciação económica e cultura.
“A Câmara de Matosinhos tem uma situação financeira simpática. O valor do orçamento é de 111 milhões de euros, mas em janeiro, com o saldo de gerência, passará para 122 milhões de euros. Não temos dívida a curto prazo. Baixámos a dívida longo prazo em 8,5 milhões de euros. Estamos a menos de metade (46,8%, ou seja, 58,4 milhões de euros) do limite de endividamento (124 milhões). No próximo ano, temos uma margem disponível de 15 milhões de euros, dos quais 10 milhões vão para executar investimentos. Temos uma poupança corrente de 12,4 milhões de euros, mas depois das amortizações dos empréstimos a médio e longo prazo, ficará pelos 7,2 milhões de euros”, explicou Guilherme Pinto.
Ao nível da promoção da economia local, destaque para a candidatura de Matosinhos à Rede de Cidades Criativas da Unesco na categoria de Design, a dinamização dos mercados municipais de Matosinhos e Angeiras, a ocupação total do CIM- Centro de Inovação de Matosinhos e a captação de investimento.
Relativamente à cultura e turismo, salienta-se o reforço da marca “Matosinhos World’s Best Fish”, a aposta na programação da Capital da Cultura do Eixo Atlântico, a reabilitação da Real Vinícola e a instalação da Casa da Arquitetura e Orquestra Jazz de Matosinhos, as recriações históricas e os grandes eventos culturais, a Casa do Design, a Casa da Cidade, o lançamento da rede europeia de Cidades do Nicodemos, entre outros.
Em matéria de educação, realça-se a manutenção e reforço de apoios no âmbito da ação social escolar, as sinergias entre a escola e a cidade, a educação alimentar e uma intervenção ao nível do reordenamento da rede escolar.
No capítulo da juventude, voluntariado e desporto, destaque para o projeto VEM- Voluntariado em Matosinhos, o apoio ao nível dos escalões de formação dos clubes, o Arte fora do sítio, entre muitos outros.
No urbanismo, a continuidade da elaboração da revisão do PDM, a legalização das Áreas Urbanas de Génese Ilegal e a operacionalização das Áreas de Reabilitação Urbana.
Na mobilidade, é de sublinhar a elaboração de um Plano Estratégico de Mobilidade para o Concelho, a requalificação da Estrada da Circunvalação, a ligação da A28 à Petrogal, a ligação da A28 ao Hospital Pedro Hispano, a rede de ciclovias e a melhoria dos sistemas de transportes públicos.
No que diz respeito ao ambiente, espaço urbano e equipamentos, é de realçar o projeto de valorização do Vale do Leça, a dinamização do Parque Ecológico Monte de S. Brás, a elaboração de um estudo de relocalização de parques infantis, a conservação de espaços públicos e de edifícios municipais.
Relativamente à segurança e proteção civil, destaque para a realização da 8ª edição da Feira da Proteção Civil, o controlo da vespa asiática, entre outros objetivos.
Depois de auscultar a população sobre a revisão PDM- Plano Diretor Municipal, a Câmara Municipal de Matosinhos decidiu voltar a ouvir os cidadãos mas desta vez sobre o Orçamento Municipal para 2016.
Dos encontros com os cidadãos e dos inquéritos enviados via CTT e Internet sobressaíram preocupações com a rede de transportes públicos e a necessidade de conservação da via pública, preocupações essas que foram ao encontro da estratégia definida pela Câmara Municipal de Matosinhos, que prevê a elaboração de um Plano Municipal de Mobilidade e a aposta na conservação.
Presentes na conferência de imprensa de apresentação do Orçamento para 2016 estiveram ainda o Vice-presidente, Eduardo Pinheiro, e os vereadores Fernando Rocha, Joana Felício, Lurdes Queirós e José Pedro Rodrigues.
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