Na madrugada do passado domingo, oito explorações agrícolas, entre vacarias e estufas, de Lavra foram afetadas pelo tornado que passou pela zona.
Recorde-se que nesta zona do Concelho estão concentrados cerca de 60% dos agricultores e produtores de leite do Concelho.
Três das vacarias apresentam estragos mais graves, sobretudo ao nível dos telhados e vigas de suporte. Os prejuízos, segundo Fernando da Hora, presidente da Ágrima- Cooperativa Agrícola de Matosinhos, variam entre os 60 mil e os 100 mil euros.
Esta manhã, o Presidente da Câmara de Matosinhos, Guilherme Pinto, e o Diretor Regional da Agricultura e Pescas do Norte, Manuel Cardoso, visitaram duas das vacarias mais atingidas pela intempérie.
Guilherme Pinto acredita que o Ministério da Agricultura se mostrará sensibilizado para a urgência da recuperação das instalações afetadas. Aliás, depois do levantamento efetuado dos estragos em toda a região norte, o relatório será submetido ao Ministério da Agricultura. Manuel Cardoso adiantou ainda que alguns dos projetos de recuperação das explorações agrícolas poderão ser enquadrados no âmbito da linha de crédito para o restabelecimento de potencial produtivo previsto pelo Programa de Desenvolvimento Rural para situações de catástrofes ou calamidades naturais de elevado impacto.
Depois das vacarias, o Diretor Regional da Agricultura visitou a Ágrima, sedeada em Matosinhos. Todavia, na próxima segunda-feira arrancam as obras das novas instalações da cooperativa em Lavra.
O terreno, com uma área de 4800 m2, localizado na Rua de Avilhoso, foi adquirido pela Câmara Municipal de Matosinhos, mas foi arrendado à Ágrima por um período de 20 anos.
Segundo o projeto, da autoria do arquiteto Alexandre Queimado, o edifício, dividido em duas partes por um pátio, terá um grande armazém para a loja de fitofármacos, onde serão efetuadas as cargas e descargas. O segundo armazém, mais pequeno, deverá acolher uma loja de produtos regionais. O pátio terá um auditório que poderá ser utilizado como sala de formação. 34 lugares de estacionamento serão criados.
Com as novas instalações, a Ágrima continuará a manter serviços como a compra e venda de produtos para a agricultura, uma farmácia de uso veterinário, a análise a solos, o aconselhamento de adubações, a identificação de pragas e doenças, e o serviço fitossanitário.
O custo da empreitada é de 700 mil euros e o prazo de execução previsto é de um ano.