23.º aniversário comemorado com atividades para toda a família
O Museu da Quinta de Santiago celebrou mais um aniversário, uma data assinalada este domingo com uma programação diversificada e destinada às famílias, com uma série de propostas lúdicas, uma performance multidisciplinar e bolo de aniversário.
A Presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, e o Vereador da Cultura, Fernando Rocha, estiveram presentes nesta festa de comemoração de 23 anos de Cultura deste espaço museológico de referência em Matosinhos.
Recorde-se que foi a 2 de abril de 1996, que após uma operação de restauro do palacete de Leça da Palmeira projetado pelo arquiteto veneziano Nicola Bigaglia, o Museu da Quinta de Santiago abriu as portas pela primeira vez. Desde aí, já muito se passou neste equipamento concelhio, que vem acolhendo as mais diversas demonstrações culturais, entre elas, peças de teatro, visitas teatralizadas e exposições.
E a festa começou logo pela manhã deste domingo, 7 de abril. Com sessões durante a manhã e a tarde, a iniciativa “Criança traz adulto” preparou uma sessão especial, intitulada “Carimbos em riste”, e no âmbito da qual as famílias com crianças entre os 4 e os 12 anos foram convidadas a criar pequenos cadernos personalizados e decorados com colagens e carimbos que replicam pormenores decorativos do palacete onde o museu está instalado.
Às 17h00, a atividade dedicada às Fábulas de La Fontaine, fez a delícia de miúdos e graúdos. Tendo por mote o mobiliário do Salão Luís XVI do museu e os motivos artísticos nele representados, as famílias partiram à descoberta de outras figurações das célebres histórias protagonizadas por animais, nomeadamente as ilustrações e pinturas de José Emídio e as traduções de Jorge Sabeler.
Seguiu-se a abertura de bolo de aniversário no Jardim de Inverno do Museu e, pelas 19h00, a performance “Intervalar-te: A Expressão do Encontro”, um espetáculo que cruzou a encenação, a palavra, a música, a imagem e o desenho ao vivo como forma de celebrar as várias artes promovidas pelo museu desde a sua inauguração. A performance contou com a participação de Bernardo Vinagre na guitarra elétrica, a voz de Adrika, as leituras de José Cordeiro e William Gavião, os desenhos de Afonso Castro, um filme de Rita Isaúl e o texto de Duarte Moreno.
Refira-se que criado em 1996, o Museu encontra-se instalado num edifício histórico, em local proeminente da cidade, em Leça da Palmeira, e rodeado por um jardim. Adquirido pela Câmara Municipal em 1968, o imóvel é testemunha privilegiada das profundas transformações urbanísticas e sociais que a cidade conheceu nos últimos cem anos. A preservação da memória histórica é, assim, fortemente potencializada neste espaço que, recordando muito do que Matosinhos/Leça foi no final do século XIX (refúgio de poetas e pintores, local de veraneio e de moda da elite burguesa e intelectual) permite também (porque debruçado sobre o porto de Leixões e com base nas suas coleções) abordar as transformações portuárias e industriais da cidade ao longo do século XX. Encerrando para obras de restauro da estrutura a 29 de Julho de 2006, o espaço reabriu em 28 de junho de 2009, mantendo a linha orientadora de ser um espaço de arte e cultura no qual, além das exposições, têm lugar concertos de música, apresentações teatrais e de dança, conferências, ateliês artísticos, cursos, entre outros.
O Museu da Quinta de Santiago integra, desde 2003, a Rede Portuguesa de Museus criada pelo Ministério da Cultura, sendo um dos espaços museológicos fundadores da MuMa – Rede de Museus de Matosinhos. Desde 2005 o museu é também membro do ICOM – International Councils of Museums. Nestes 23 anos, o museu transformou-se num dos principais espaços culturais do Grande Porto.
