Autarcas de Matosinhos, Maia, Valongo e Santo Tirso unidos na recuperação do rio
O rio Leça, que nasce em Santo Tirso e desagua em Matosinhos, tem uma extensão de 45 quilómetros. Durante várias décadas, foi considerado um dos rios mais poluídos da Europa. Desde 2016 que um grupo de trabalho com elementos dos quatro municípios por onde passa o rio- Matosinhos, Maia, Valongo e Santo Tirso, tem vindo a trabalhar na consolidação, estratégia e definição de um plano para o corredor do Leça. Em curso está a constituição da Associação de Municípios do Leça, que terá a seu cargo a execução do Plano de Implementação do Programa Estratégico de Recuperação do Rio Leça 2020/2030, com um orçamento total previsto de 28 milhões de euros e com recurso a financiamento comunitário. O assunto esteve hoje em destaque numa reunião de trabalho com os vários municípios no Centro Empresarial da Lionesa, em Leça do Balio. Presentes estiveram os autarcas de Matosinhos, Luísa Salgueiro, de Valongo, José Manuel Ribeiro, e de Santo Tirso, Alberto Costa, os vereadores do Ambiente de Matosinhos, António Correia Pinto, e da Maia, Marta Peneda, a vice-presidente da Câmara de Santo Tirso e vereadora do Ambiente, Ana Maria Ferreira, e o presidente da junta da união das freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões. A reunião foi antecedida de uma visita à primeira intervenção em curso, integrada no projeto do Corredor Verde do Leça, no troço entre Ponte de Moreira e Ponte da Pedra, incluindo a ligação de Picoutos, num percurso de 6,9 quilómetros. Esta é a primeira de três intervenções previstas, sendo apenas o primeiro passo para a completa despoluição do curso fluvial e para a valorização paisagística das margens do rio, transformando-as numa área de lazer e devolvendo-as à fruição da população. O projeto prevê mais duas fases, num total de 18 kms intervencionados. Entre muitos outros objetivos, esta fase da obra prevê a requalificação de 7 kms, com a construção de 7 kms de ciclovia e de percursos pedonais, o que vai permitir melhorar a visibilidade do rio Leça e dos seus focos de poluição, promovendo um maior contacto com a natureza e novas oportunidade de mobilidade ao longo do rio.