Centenas de pessoas ouviram as histórias, lendas e mistérios do Mosteiro de Leça do Balio
Mais de duas centenas de pessoas participaram, na noite de lua cheia de ontem, 24 de outubro, em mais um Moontosinhos, uma peregrinação à história do concelho de Matosinhos, guiada pelo historiador Joel Cleto. A edição de ontem, a penúltima deste ano, fez-se à volta da história do Mosteiro de Leça do Balio, este secular mosteiro gótico, que é também um dos monumentos mais emblemáticos desta região. Os participantes na visita puderam assim acompanhar a chegada a Portugal da Ordem dos Cavaleiros Hospitalários de S. João de Jerusalém no século XII, por convite da Condessa D. Teresa e a sua instalação neste mosteiro, assim como a algumas das histórias e lendas de santos e heróis que lhe estão associadas, desde o túmulo do Beato Garcia Martins à lenda do Milagre do Ferro Caldo. A visita prosseguiu pela parte menos conhecida deste mosteiro, onde se situam os vestígios do complexo residencial medieval que estava associado a esta ordem religiosa e militar, situada na Quinta do Mosteiro. Neste espaço, foi evocada a relação entre a presença desta ordem religiosa em Leça do Balio e a sua ligação com os caminhos de peregrinação a Santiago de Compostela, patente na exposição “Monasterium Km 234”, que está atualmente em exibição neste espaço, e pode ser vista até ao dia de 16 de dezembro (de quarta-feira a domingo, das 9h30 às 18h30). A viagem pelo Mosteiro de Leça do Balio incluiu, ainda, a narração duma das histórias mais conhecidas associadas a este monumento: o “mal-amado” casamento do rei D. Fernando e de D. Leonor Teles, que aqui se celebrou na primavera de 1372 e que se encontra imortalizado em bronze por uma bela escultura da autoria da artista plástica matosinhenses Irene Vilar.
Próxima edição do Moontosinhos: 24 de novembro “Pelas Capelas de Leça da Palmeira”. Para mais informações e inscrições: gmah@cm-matosinhos.pt
