Comemorações dos 40 anos da Revolução do 25 de Abril em Matosinhos não foram esquecidos todos aqueles que, na Guerra do Ultramar, deram a vida pela pátria no cumprimento do dever.
No Dia do Combatente, e assinalando o 5º aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, o Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos inaugurou, na tarde do dia 25 de Abril, um monumento de homenagem aos Combatentes do Ultramar.
O monumento localiza-se junto ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Leixões, mais precisamente no gaveto da Rua Augusto Gomes com a Rua Alfredo Cunha.
Depois do toque de Homenagem aos Mortos com deposição de coroa de flores no Monumento e da bênção pelo pároco da freguesia, seguiu-se um minuto de silêncio.
A chuva que se fez sentir naquele dia obrigou a organização a prosseguir a cerimónia no Salão Nobre dos Paços do Concelho, onde foram lidos, em voz alta, por sete combatentes os nomes dos 70 soldados do Concelho de Matosinhos que perderam a vida na Guerra do Ultramar, nomeadamente em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau, entre 1961 e 1974.
![]()
Foram ainda atribuídas 20 medalhas a militares que haviam servido em campanhas.
O Tenente Coronel Armando Costa, Presidente do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, recordou o percurso dos últimos cinco anos e a colaboração profícua com a Autarquia. “Apesar da conjuntura económica adversa, assim nasceu um monumento de grande simplicidade, mas que honra os mortos e dignifica os vivos”, referiu. Também sublinhou que “o 25 de Abril foi feito por esta geração que pôs fim a um império”.
Já o Presidente da Direção Central da Liga dos Combatentes, Tenente General Chito Rodrigues, elogiou o florescimento de símbolos do sacrifício dos combatentes em Matosinhos e que “devem ser exemplos para muitos outros municípios”. “Os militares cumprem o que os políticos entendem que é necessário para defender os interesses vitais do território, mas também fazemos revolução quando é necessário. Há 40 anos foram os militares que fizeram a revolução”, afirmou.
A propósito da guerra, o Presidente da Câmara, Dr. Guilherme Pinto, frisou que “a guerra é sempre um semear de horrores”. “Não há guerras justas. Ninguém vai para a guerra por prazer, mas sim por medo. O que estes militares tiveram foi a coragem de ultrapassar o medo e de prestar um serviço ao país. Ao celebrarmos o 25 de Abril, também celebramos 40 anos de paz. Quem não tem memória, arrisca-se a repetir os mesmos erros”, concluiu.
Presentes na cerimónia estiveram a Presidente da Assembleia Municipal, Dr.ª Palmira Macedo, o Vice-presidente da Autarquia, Dr. Eduardo Pinheiro, o Vereador da Cultura, Fernando Rocha, o Vereador da Educação, Prof. António Correia Pinto, entre outros convidados.
![]()
