O Mercado Municipal de Matosinhos acolheu ontem, dia 15 de outubro, a sexta edição do Prémio Nacional Indústrias Criativas, que este ano distinguiu a WESO (Western European Symphony Orchestra), um projeto vocacionado para a criação de bandas sonoras para a área do entretenimento multimédia (filmes, televisão, videojogos, aplicações), o qual já conta no seu currículo com a produção musical de um filme de Hollywood, “A Vida Secreta de Walter Mitty”, do ator Ben Stiller.
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Depois de, em 2013, o galardão ter sido anunciado no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a opção pelo Mercado de Matosinhos para acolher o Super Bock Laboratório Criativo/Prémio Nacional Indústrias Criativas foi justificada pelo presidente executivo da Unicer, João Abecassis, como uma forma de regressar a casa. “Num ano em que Matosinhos está a comemorar os quinhentos anos do seu foral e em que a Unicer comemora os cinquenta anos da sua mudança para Matosinhos, não havia melhor sítio do que a nossa casa para fazer esta festa”, explicou.
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Num momento em que o mercado municipal matosinhense consolida a sua nova vocação, fazendo conviver as atividades comerciais tradicionais com novos equipamentos de animação e com a Quadra-Incubadora de Design, foi com naturalidade que o cenário montado para o evento coabitou com as bancas de venda de peixe e com as vendedeiras de Matosinhos, mas também com as empresas criativas instaladas na incubadora de design. Isso mesmo foi salientado pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Eduardo Pinheiro, que considerou a escolha “verdadeiramente feliz”, permitindo, desde logo, corporizar o lema da edição deste ano do Super Bock Laboratório Criativo: “Enraizar”. “O nosso mercado mantém as raízes e a identidade de Matosinhos, mas faz também uma forte aposta na criatividade e na formação de novos públicos. Queremos que seja um local muito criativo”, disse.
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Eduardo Pinheiro salientou ainda que Matosinhos elegeu a criatividade como a sua marca, de modo, acrescentou, “a criar condições para que aqui surja um ecossistema que atraia empresas que sejam capazes de aliar a criatividade ao respeito pela identidade de Matosinhos”.
Para além da WESO, que também venceu a distinção destinada ao melhor projeto na categoria Música e Artes do Espetáculo, entregue pelo Vereador da Cultura e Turismo da Câmara Municipal de Matosinhos, Fernando Rocha, o Prémio Nacional Indústrias Criativas, promovido pela Unicer e pela Fundação de Serralves, atribuiu ainda menções honrosas aos projetos Casa em Movimento, na categoria Arquitetura e Artes Visuais, Beesweet, na categoria Turismo e Património, e Calligraphy Practice, na categoria Conteúdos e Novos Media. Este ano, sublinhe-se, concorreram 285 projetos. Para além do prémio de 25 mil euros, a WESO conquistou ainda o direito de representar Portugal na Creative Business Cup, que será disputada em Copenhaga, na Dinamarca, já no próximo mês.
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Para além do anúncio dos vencedores do Prémio Nacional Indústrias Criativas, a nona edição do Super Bock Laboratório Criativo incluiu um debate sobre o empreendedorismo criativo em Portugal, o qual contou com a participação de três jovens empresários nacionais: André Ferreira, responsável pela Deloitte Innovation Portugal e Angola e cofundador da Beta-i, Diogo Vieira, fundador da Visual Labs e professor na Universidade Católica do Porto, e Paula Sousa, fundadora e CEO da Urban Mint. Antes do anúncio dos prémios, os convidados para a gala assistiram ainda ao espetáculo multidisciplinar Enraizar, da companhia teatral Palmilha Dentada, que combinou linguagens como o novo circo, a dança e a música.
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