Seminário dedicado à valorização e qualificação ambiental e territorial dos espaços classificados do Concelho.
“Quando concebemos este projeto, tínhamos como objetivo essencial a conservação e valorização dos espaços naturais. Este foi, de facto, o grande escopo desta candidatura e foi para lá que todo o nosso trabalho se centrou”, conta a Dr.ª Joana Felício.
A Vereadora do Ambiente apresentou hoje, dia 28 de novembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o projeto do Sistema de Gestão e Informação Ambiental dos Espaços Classificados do Concelho de Matosinhos”, integrado no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte – Eixo Prioritário III (Valorização e Qualificação Ambiental).
O objetivo foi reunir e produzir dados para uma matriz de indicadores do estado/qualidade ambiental, visando promover a conservação e valorização dos espaços naturais através do desenvolvimento de um sistema de informação e monitorização ambiental, que servisse de fundamento para planos e projetos de valorização dos espaços classificados.
Água, ar, biodiversidade, paisagem, resíduos, ruído e solos são os componentes ambientais que permitem à Autarquia conhecer o território e os seus recursos naturais, avaliar e monitorizar as condições dos espaços classificados para que seja assegurada a qualidade ambiental.
Com a informação recolhida, é possível implementar ações de gestão ativa dos recursos naturais, garantir uma sustentabilidade do território e melhorar as condições ambientais do Concelho.
O projeto “Sistemas de Gestão e Informação Ambiental dos Espaços Classificados do Concelho de Matosinhos” incluiu a intervenção conservativa em Espaços RAN (Reserva Agrícola Nacional) e REN (Reserva Ecológica Nacional), que consistem na valorização e conservação de espaços naturais, nomeadamente a reabilitação ambiental e paisagística de três parques: Parque Monte de S. Brás, Parque das Austrálias e Parque de Picoutos.
Situado na freguesia de Matosinhos, o Parque das Austrálias tem cerca de 1,6 hectares de área classificada. A intervenção neste espaço de reconciliação da malha urbana visa, nas palavras da autarca, colmatar “a necessidade de termos espaços verdes na cidade”. Limpeza e reforço do revestimento vegetal com novas sementeiras e novas plantações, colocação de infra-estruturas de drenagem de águas pluviais, iluminação, percursos pedonais, reconstrução de muros em pedra, instalação de mobiliário urbano, implementação de uma grande horta biológica são as ações em curso.
O Parque Monte de S.Brás, em Santa Cruz do Bispo, tem, na primeira fase do projeto, cerca de três hectares (RAN e REN) para produção hortícola e agrícola, e revitalização das tradições e da paisagem. “Tem uma vertente pedagógica onde futuramente se irá fazer educação ambiental”, adiantou a Dr. ª Joana Felício.
O Parque de Picoutos, em Leça do Balio, tem sete hectares, mas só quando 4,5 estão numa área classificada (REN e RAN). Segundo a Vereadora do Ambiente, a intenção é “fazer uma série de infraestruturas de drenagem de águas pluviais, iluminação pública, construir uma série de percursos pedonais, que incluem a passadiços e pontes em madeira sobre a ribeira, tornar o espaço transitável e aprazível para que as pessoas venham visitar a zona junto ao rio”. Está prevista a criação de duas hortas biológicas: “Uma com uma vertente mais social, com 95 talhões. Um dos pedidos mais recorrentes que temos são as hortas sociais. Outra mais pequena, com 36 talhões, unicamente com a vocação biológica. No total, são 131 talhões”, acrescentou.
O projeto envolveu diversas entidades que foram responsáveis pela realização de um estudo/análise em diversas componentes ambientais, nomeadamente a IrRADIARE, Science for Evolution na qualidade do ar, o Instituto Eletrotécnico Português no Ruído, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto na biodiversidade e o Instituto Politécnico de Viana do Castelo nos solos e paisagem.
O Sistema de Gestão e Informação Ambiental, na base SIG (Sistema de Informação Geográfica) foi desenvolvido pela ESRI Portugal, que apresentou ainda da parte da manhã o seu processo de implementação. A tecnologia utilizada permite a monitorização em tempo real graças aos equipamentos instalados em vários pontos do Concelho e a compilação dos dados no SIG.
Da parte da tarde, o seminário tem prevista a realização de dois workshops subordinados às temáticas do Ar e Ruído, Biodiversidade, Solos e Paisagem. Aqui fica o programa para a tarde de hoje:
Workshop Ar e Ruído
14h30- Abertura
14h45- Caracterização da componente ambiental
Qualidade do Ar
IrRADIARE, Science for Evolution
15h30- Caraterização da componente ambiental
Ruído
Instituto Eletrotécnico Português
16h15- Debate
16h30- Encerramento
Workshop Biodiversidade, Solos e Paisagem
14h30- Abertura
14h45- Caraterização da componente ambiental
Solos e Paisagem
Instituto Politécnico de Viana do Castelo
15h30- Caracterização da componente ambiental
Biodiversidade
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto
16h15- Debate
16h30- Encerramento
No átrio principal da Câmara Municipal de Matosinhos estão em exibição a exposição do projeto e os equipamentos de monitorização ambiental.
Veja aqui a apresentação da Vereadora do Ambiente, Dra. Joana Felício.
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