“Desejo, tensão, transição – Percursos do Design Português” será inaugurada no dia 12 de Novembro, na Galeria Nave.
A conceituada bienal Experimenta Design vai, este ano, arrancar em Matosinhos. O programa do evento, que hoje, segunda-feira, foi divulgado em Lisboa, prevê que a EXD’15 tenha a sua abertura na renovada Galeria Nave, no dia 12 de Novembro, pelas 16 horas, devendo as inaugurações em Lisboa acontecer apenas no dia seguinte.
Matosinhos acolherá a exposição “Desejo, tensão, transição – Percursos do Design Português”, produzida pela ESAD e comissariada por José Bártolo, que ficará patente até 12 de Março. Nas suas oito edições anteriores, recorde-se, só por uma vez a Experimenta Design tinha saído de Lisboa, tendo decorrido em Amesterdão no ano de 2008.
A conferência de imprensa de apresentação do programa da EXD’15 decorreu da sede da Experimenta, no Chiado lisboeta, tendo contado com a presença do vereador da Cultura da Câmara Municipal de Matosinhos, Fernando Rocha, da presidente da EXD, Guta Moura Guedes, e dos vereadores da Cultura de Lisboa e do Porto, Catarina Vaz Pinto e Paulo Cunha e Silva. A nona edição da bienal tem como tema central a frase “As far as the mind can see”, partindo da capacidade de invenção e abstração do indivíduo para criar novos paradigmas.
A EXD’15 contará com um total de 42 eventos e participantes de 21 países, estendendo-se, pela primeira vez, às cidade de Matosinhos e do Porto, procurando “ampliar o acesso aos conteúdos a novos públicos e promover uma implicação mais direta com a bienal, em particular para a comunidade criativa da região Norte”.
Estruturada em 16 módulos expositivos, “Desejo, tensão, transição – Percursos do Design Português” incluirá, entre outros, peças de design de cartazes, livros, mobiliário, cerâmica, tipografia e logotipos. “Partamos da produção contemporânea, do seu mapeamento, e articulemo-la com a história, na perspetiva de uma história experimental. Imaginemos a reunião de diferentes narrativas históricas, ora mais próximas ora mais distantes de nós no tempo. Coleções, arquivos, gabinetes de curiosidades. Uma construção discursiva que trabalha sobre essa outra escrita, a geografia, enunciação possível de um território. Assumamos a metalinguagem: estórias dentro de estórias configurando uma história”, lê-se no texto de apresentação da exposição.
A Galeria Nave, recorde-se, tem origem na utilização, desde 1988, do vasto espaço da garagem do edifício dos Paços do Concelho de Matosinhos (inaugurado em 1987), projeto do arquiteto Alcino Soutinho (1930-2013). Tem acolhido, ao longo dos anos, várias exposições de grande importância, devendo doravante ficar vocacionada para a área do design, dando, assim, sequência à aposta que a Câmara Municipal de Matosinhos tem vindo a fazer nesta área, em parceria com a ESAD.
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