Exposição de João Martins da Costa no Museu da Quinta de Santiago até 28 de janeiro
“Martins da Costa… [d]aquilo que fica” inaugurou no sábado, 7 de outubro, e ficará patente no Museu da Quinta de Santiago, em Leça da Palmeira, até 28 de janeiro de 2018.
Composta por cerca de 40 obras, incluindo aquela em que o pintor, ainda estudante, registou o naufrágio de quatro traineiras junto à barra de Leixões, a exposição abarca cerca de cinco décadas da produção artística de Martins da Costa, entre a década de 1940 e o final do século XX.
“Mar Sagrado – Tragédia marítima de 2 de dezembro de 1947” é uma das obras presentes nesta mostra de pintura, que o autor apresentou na tese final do curso superior de Pintura da Escola de Belas Artes do Porto e que havia de ficar intimamente ligada à memória e ao património artístico de Matosinhos. Uma tela que nos transporta para um dos acontecimentos mais trágicos do ano de 1947, que ocorreu na praia de Matosinhos, quando quatro traineiras naufragaram na altura em que se aproximavam da barra de Leixões e, à vista de todos os que desesperavam em terra, afundaram-se nas vagas e arrastaram consigo a vida de 152 pescadores.
A exposição reúne ainda obras dos acervos do Museu Nacional de Soares dos Reis, do Museu da Faculdade de Belas Artes do Porto, do Museu Municipal de Coimbra, da Câmara Municipal de Matosinhos e de alguns colecionadores particulares, incluindo trabalhos de pintura e desenho. Paisagens, autorretratos, naturezas mortas e episódios bíblicos são alguns dos temas patentes nas obras.
Durante a cerimónia de inauguração, que contou com a presença do Vice-presidente e Vereador da Cultura, Fernando Rocha, e do Presidente da Câmara Municipal de Penacova, Humberto Oliveira, foi ainda apresentado o livro “Contos Vividos”, que reúne um conjunto de textos que João Martins da Costa produziu para o Diário de Penacova, compilados pelo jornalista Álvaro Coimbra e editados pela Câmara Municipal de Penacova. A apresentação ficou a cargo do historiador e investigador portuense Hélder Pacheco.
Nascido em Coimbra em 1921, João Martins da Costa viveu alguns anos em Matosinhos e conquistou distinções como o Prémio António Carneiro (1948) e o Prémio Henrique Pousão (1950). Bolseiro do Governo Italiano e do Instituto de Alta Cultura, estudou nas escolas de Belas Artes de Roma, Florença e Ravena, onde aperfeiçoou a técnica de pintura mural que lhe permitiu deixar trabalho em vários edifícios emblemáticos, como o Palácio da Justiça do Porto, a Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis, o Café Embaixador e a Embaixada de Portugal em Roma.
Museu Quinta de Santiago
Rua de Vila Franca, 314, Leça da Palmeira, Matosinhos.
museuqsantiago@cm-matosinhos.pt | Tel: 229392410
Horário Museu e Exposição: terça a sexta: 10h-13h | 15h-18h;
sábados, domingos e feriados: 15h-18h
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