A jornada de trabalho teve como principal objetivo fazer um balanço das consequências do último temporal, bem como, apontar e analisar as principais medidas implementadas e/ou a implementar tendo em conta os efeitos devastadores provocados pelo mau tempo.
O Presidente da Câmara de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto, e a Vereadora do Ambiente, Dra. Joana Felício, efetuaram durante a manhã de hoje, dia 8 de fevereiro, a visita a alguns arruamentos do concelho e à orla costeira.
No passado dia 21 de Janeiro, o Norte e o Centro do país foram assolados por uma tempestade muito intensa. Ventos fortes e rajadas violentas produziram uma tempestade de características raras, tecnicamente chamada de “ciclogénese explosiva”, havendo apenas o registo de sete episódios semelhantes nos últimos 17 anos, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera. O Concelho de Matosinhos encontrou-se particularmente exposto, devido à sua grande frente litoral, ao percurso da tempestade e os seus efeitos não tardaram a fazer-se sentir.
O Serviço de Proteção Civil da autarquia registou cerca de 150 ocorrências na sequência de ventos fortes, lençóis de água nas estradas ou inundações relacionadas com queda de árvores, chapas, semáforos, postes de eletricidade e muros, desabamento de tetos, telhas destruídas, vidros partidos.
Passado agora algum tempo, é possível concluir que os principais danos em Matosinhos se relacionam com a queda de árvores na via pública e em espaços verdes – mais de 300. Em consequência desta grande queda de árvores, foram atingidos edifícios, viaturas ligeiras e um autocarro. Para além destes, salientam-se severos estragos nos sistemas semafóricos, nas guias e pavimentos da via pública, assim como diversas inundações, pois a chuva intensa foi uma constante ao longo de todo o episódio.
A manhã incluiu, assim, uma avaliação geral do concelho, tendo sido percorridos alguns arruamentos, de que são exemplo, a Av. D. Afonso Henriques, a Rua Monserrate com Eduardo Torres (Coop. Água Viva) onde se procedeu ao abate de duas austrálias por estarem instáveis (sendo numa delas visível o levantamento de terra envolvente ao sistema radicular), a Av. Comércio de Leixões, a Av. Dos Combatentes da Grande Guerra, a Alameda do Chantre e a Quinta da Conceição, não tendo sido aqui possível aferir com exatidão o número de árvores que caíram devido às más condições meteorológicas, estimando-se que terão sido cerca de 20 árvores. Numa segunda fase foi também realizada visita à orla costeira tendo em conta o mesmo objetivo de desenvolvimento de um balanço criterioso aos resultados nefastos do mau tempo.